Os corpos de duas mulheres vítimas de um trágico capotamento de ônibus, que resultou em sete mortes na rodovia MGC-120, foram inadvertidamente trocados e enviados para cidades diferentes. O incidente veio à tona durante o velório de uma das vítimas, causando grande consternação entre os familiares presentes.

Maria Arlete dos Santos, 49 anos, deveria ser velada em Santa Maria do Suaçuí, no Vale do Rio Doce, enquanto Aparecida Maria Pires, 51 anos, teria seu velório em Belo Horizonte. No entanto, o corpo de Aparecida acabou sendo enviado para a cidade do interior por engano, e o erro só foi descoberto quando o caixão de Maria Arlete foi aberto.

Os familiares de Aparecida, que aguardavam em Belo Horizonte, enfrentaram um atraso significativo. O velório, inicialmente previsto para começar às 8h, teve de ser postergado, e o enterro, que estava marcado para as 17h do mesmo dia, precisou ser cancelado. A situação exigiu uma reorganização rápida para corrigir o erro e atender adequadamente às necessidades das famílias afetadas pelo trágico acidente.

“Conseguiu entristecer e aborrecer nossa família toda. Extrapolou todos os limites, a gente está aqui realmente estarrecido. Hoje não tem como fazer o sepultamento, somente amanhã. Eu perdi minha irmã duas vezes, no acidente e outra aqui, por falta de respeito”, disse o irmão de Aparecida, o sargento da Polícia Militar (PM) Raul Pires.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que os corpos de todas as vítimas do acidente tinham sido encaminhados para o Posto Médico-Legal de Guanhães e que tomou conhecimento, na manhã desta quinta-feira, “do problema no transporte dos corpos de duas mulheres entre cidades distintas“.

“Imediatamente, a Autoridade Policial adotou as medidas cabíveis para o devido esclarecimento dos fatos e atribuição de responsabilidades. A PCMG lamenta o ocorrido e se solidariza com as famílias envolvidas nesse momento de dor e tristeza“, disse a instituição.

Relembre o caso:

Na madrugada de quarta-feira (17), um grave acidente de ônibus na rodovia MG-120, entre São João Evangelista e São Pedro do Suaçuí, em Minas Gerais, resultou na morte de sete pessoas e deixou outros passageiros gravemente feridos. O veículo, que transportava 40 passageiros de Belo Horizonte para Minas Novas, perdeu o controle após o motorista tentar desviar de animais na pista, descendo uma ribanceira e tombando ao lado da estrada.

Um total de 15 pessoas foram resgatadas e encaminhadas ao Hospital de São João Evangelista pelos bombeiros, que prontamente responderam à emergência. Além disso, cinco passageiros ficaram presos nas ferragens, intensificando os esforços de resgate. As identidades das vítimas fatais ainda não foram divulgadas e o estado de saúde dos feridos permanece incerto até o momento.

O motorista do ônibus, de 46 anos, colaborou com as autoridades, submetendo-se a um teste de bafômetro que confirmou a ausência de álcool em seu sistema. A Polícia Militar Rodoviária (PMRv) confirmou que o veículo possuía todas as autorizações necessárias para o transporte fretado intermunicipal ocasional.

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