Um estudo recentemente publicado pela revista Discover aponta para um futuro distante onde o Oceano Atlântico, como conhecemos, pode deixar de existir, dando lugar à formação de um supercontinente. Esta grande mudança geológica, projetada para ocorrer em aproximadamente 200 milhões de anos, está associada ao constante movimento das placas tectônicas.
O Atlântico, que emergiu há cerca de 150 milhões de anos devido à separação dos continentes da África e da Europa, está em um processo lento de reversão. De acordo com as novas descobertas realizadas em áreas como o estreito de Gibraltar e o Mar Mediterrâneo, o fechamento do oceano está predestinado pela dinâmica tectônica do planeta.
Paulo Horta, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com doutorado em biogeografia, explica que o fenômeno de subducção é o principal motor por trás dessa transformação monumental. “A subducção ocorre quando placas tectônicas antigas, mais densas, começam a deslizar para baixo de placas mais novas e de menor densidade, causando o encolhimento gradual do oceano,” detalha Horta.
Este processo não apenas redimensiona os oceanos, mas também altera significativamente a distribuição dos ambientes terrestres e marinhos, afetando diretamente a biodiversidade e os ecossistemas globais.
Formação do supercontinente
O resultado final desse movimento tectônico seria a formação de um supercontinente, uma vasta massa terrestre que poderia juntar novamente diversos continentes atualmente separados pelo Atlântico. “Estamos olhando para um evento que, embora esteja a milhões de anos no futuro, redefiniria completamente a geografia do nosso planeta,” adiciona Horta.
O conceito de supercontinentes não é novo na história da Terra. Pangaea, o mais conhecido desses gigantes terrestres, existiu durante a era Paleozoica e Mesozoica, antes de se fracionar nos continentes que hoje conhecemos.
Implicações para o futuro
A pesquisa serve como um lembrete fascinante da natureza dinâmica do planeta Terra, onde a superfície e a vida que ela suporta estão em constante evolução. Os insights oferecidos pelo estudo ajudam cientistas e geólogos a compreender melhor os processos que moldam o mundo — insights esses que são cruciais para tudo, desde a compreensão das mudanças climáticas até a preservação dos habitats naturais.
Enquanto a formação de um novo supercontinente está muito além do horizonte temporal da humanidade, os dados recolhidos fornecem uma janela valiosa para as forças poderosas que operam sob nossos pés, moldando o futuro do nosso planeta em uma escala geológica de tempo.
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