O famoso médico que ganhou destaque nos anos 70 foi preso novamente, em Itajaí, por tentar matar um homem, atirando em sua cabeça. Durante a prisão, ele ressaltou: “Na cadeia, a primeira coisa que você tem que fazer é respeitar os demais”. O criminoso é Hosmany Ramos, passou 35 anos na prisão e ganhou notoriedade global.

Nos anos 70, Hosmany gozava de grande prestígio na área médica, com dois consultórios próprios e atuando como assistente do renomado cirurgião Ivo Pitangui.

Ao ser libertado, ele disse à Record TV: “Me sinto como se tivesse com a liberdade na palma da minha mão. Paguei pelo que devia e paguei pelo que eu fiz”.

Apesar de não saber o que o levou ao crime, na virada da década de 70 para a de 80, ele começou a traficar drogas internacionalmente, usando seu avião particular para transportá-las. Foi condenado a 53 anos de prisão por diversos crimes, incluindo contrabando, roubo de aviões e assassinato de seu piloto e de um estelionatário.

“Prisão é um inferno vivo”, declarou Hosmany. Ele foi um dos poucos a escapar da prisão de segurança máxima de Taubaté e também tentou matar o notório assassino Pedrinho Matador. Pedrinho relatou sobre uma tentativa de envenenamento: “Ele fez um veneno fraco, juntando remédios. Meu parceiro tomou um pouco e foi parar na enfermaria, mas sobreviveu.”

Durante outra fuga, Hosmany participou do sequestro de um fazendeiro e foi condenado a mais 30 anos. Ele também foi preso na Europa, de onde zombou do sistema penitenciário brasileiro.

“Na minha cela na Europa, eu tinha um computador e acesso à internet, além de condições dignas para recuperação, o que deveria ser modelo para o Brasil.”

Agora, aos 80 anos, Hosmany é preso novamente por tentativa de assassinato em Itajaí, relacionada à venda de imóveis em bairro de luxo.

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