Dois meses após o fim do julgamento do empresário André de Camargo Aranha, acusado de estuprar a jovem promoter catarinense Mariana Ferrer, de 23 anos, durante uma festa em 2018, o assunto voltou a revoltar a internet devido a uma série de imagens inéditas divulgadas pelo The Intercept nesta terça-feira (03.11).
Segundo a publicação, o acusado foi considerado inocente pois, para o promotor responsável pelo caso, “não havia como o empresário saber, durante o ato sexual, que a jovem não estava em condições de consentir a relação, não existindo portanto ‘intenção’ de estuprar.”
O juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis, aceitou o argumento de que André de Camargo Aranha, filho do advogado Luiz de Camargo Aranha Neto, cometeu “estupro culposo”, um “crime” não previsto por lei, e foi absolvido.
A repercussão do caso chocou mais uma vez e causou revolta nas redes sociais e levando a hashtag #JustiçaPorMariFerrer aos trend topics do Twitter.
“O crime não é previsto por lei e a sentença abre mais um precedente na história da violência contra as mulheres”, segundo apontou o Instituto Marielle Franco.
“Como se já não bastasse a violência do ato, Mariana foi submetida a outra violência, sendo exposta, agredida, humilhada em seu julgamento. Mais um capítulo brutal da cultura do estupro que violenta todo o tempo e em todas as esferas as mulheres. Não iremos aceitar!”, diz o post do Instituto que luta por justiça da vereadora assassinada em 2018.
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