Fotos tiradas na noite desta quarta-feira (12) flagraram uma invasão de capivaras no bairro Itacorubi, em Florianópolis. Ao menos 11 animais foram vistos povoando um gramado ao lado do córrego da região. As imagens mostram ciclistas parados observando uma capivara atravessar a ciclovia enquanto os outros animais se alimentavam e descansavam no gramado. O local de descanso dos roedores fica às margens do córrego, onde é comum avistar jacarés na região.
A Polícia Militar Ambiental (PMA) explicou que a aparição das capivaras excedia a época do ano, mas afirmou que o período do verão é o mais propício para a reprodução. “É comum durante o ano todo. Elas também não têm muitos predadores, no máximo o jacaré, e, por isso, aparecem em maior número. Mas é um animal muito tranquilo, elas fogem do homem, então não apresentam muito perigo”, disse a tenente da PMA, Renata Bousfield.
Sem predadores, capivaras podem atingir o nível de “praga”
O Instituto do Meio Ambiente (IMA) confirmou que ainda não há nenhum monitoramento de capivaras em Florianópolis e que a orientação é não interferir para que o animal volte para o seu local. No entanto, o IMA pontuou que as capivaras podem atingir o nível de “praga” e que a reprodução desses animais é um “problemão em nível nacional e sem solução em vista”, de acordo com o professor e biólogo do IMA de Criciúma, André Klein.
Klein explicou que as capivaras gostam de ficar em margens abertas de rios e o desequilíbrio populacional decorre, muitas vezes, das conversões de áreas florestais em áreas abertas. “Pela conversão dessas áreas próprias para ocupação pela espécie, da drástica redução no número de predadores, que seriam apenas os grandes felinos, além, é claro, da grande capacidade reprodutiva da espécie, típica dos roedores”, afirmou.
Ele ainda disse que o cercamento da área “geralmente não costuma ser eficiente” e que o problema não é somente na capital catarinense, mas em diversos locais pelo país. “O IBAMA e algumas instituições acadêmicas até chegaram a fazer alguns estudos, debates e tentativas de normatizar algum procedimento, mas por se tratar de espécie nativa e de problema sistêmico, acho que não foi possível progredir”, concluiu.
⚠ ATENÇÃO: Caso não esteja conseguindo clicar no link das notícias, basta adicionar um administrador do grupo em sua lista de contatos.
Fonte: Visor Notícias
Sobre o autor:
Redação Visor Notícias
Visor Notícias é um portal com notícias e reportagens sobre o dia a dia do Litoral Norte e Grande Florianópolis criado em 2016.
Experimente um jeito prático de se informar: tenha o aplicativo do Visor Notícias no seu celular. Com ele, você vai ter acesso rápido a todos os nossos conteúdos sempre que quiser. É simples, intuitivo e gratuito!