A Fecomércio divulgou uma pesquisa nesta quinta-feira (21) apontando que o número de turistas com salários acima de R$ 18 mil visitando a Serra Catarinense aumentou 18,52% em 2023 em comparação com o ano anterior. A pesquisa traça um perfil detalhado desses visitantes e o impacto no turismo local.

Segundo a Fecomércio, o crescimento no número de turistas na Serra Catarinense tem sido consistente. Em 2022, a região já tinha registrado um aumento de 10,8% nas visitas. No entanto, o crescimento mais notável foi em 2023, com um aumento de 18,52% em relação ao ano anterior.

A pesquisa também revelou dados sobre o perfil financeiro dos visitantes. O maior destaque foi para turistas com salários mensais acima de R$ 18 mil, indicando que o local tem atraído um público com maior poder aquisitivo, o que pode influenciar futuros investimentos e melhorias na região.

Atrativos impulsionam o turismo

De acordo com a pesquisa da Fecomércio, as belezas naturais da Serra Catarinense atraem a maioria dos turistas, com 73% dos visitantes apreciando locais como montanhas, cachoeiras e trilhas. Esse dado destaca o apelo ambiental da região como um de seus principais chamarizes para os visitantes.

Além da natureza exuberante, outros segmentos do turismo também mostraram relevância. A pesquisa revelou que 12% dos visitantes estão engajados em turismo de lazer como praias e parques temáticos. Além disso, 7% mostraram interesse em enoturismo, visitando vinícolas e regiões produtoras de vinho, 6% focaram em pontos religiosos e 3% tiveram como interesse principal ecoturismo, gastronomia e cultura.

O secretário de Estado do Turismo, Evandro Neiva, reforçou a importância da diversidade turística da Serra Catarinense. Segundo ele, os empresários são os principais responsáveis por definir a época e o tipo de turismo oferecido. “Podemos prolongar as temporadas e fomentar a economia. O frio, o inverno, é um ativo de Santa Catarina”, enfatizou Neiva.

Confira a faixa de renda mensal dos turistas:

Perfil e preferências dos turistas

A pesquisa da Fecomércio também analisou a origem dos turistas que visitam a Serra Catarinense. A maioria, ou seja, 72%, são residentes do próprio Estado de Santa Catarina. Os demais vêm, sobretudo, dos Estados vizinhos do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo.

No que se refere à composição dos grupos de visitantes, as famílias lideram com 49% do total. Casais vêm em seguida, representando 35% dos turistas. O dado sugere que a Serra Catarinense é um destino popular tanto para viagens em família quanto para escapadas românticas.

Quanto à hospedagem, os hotéis são a opção mais popular entre os turistas, concentrando 60% das escolhas. As demais opções incluem casas de parentes, responsáveis por 11% das hospedagens, e locais alugados, que somam 10%. Este panorama indica que, apesar da variedade de opções de estadia, os hotéis continuam sendo a preferência principal dos visitantes.

Hospedagem

Os hotéis se mantêm como a opção de hospedagem mais popular entre os turistas na Serra Catarinense, de acordo com a recente pesquisa da Fecomércio. Cerca de 60% dos visitantes optam por este tipo de acomodação, indicando uma clara preferência em relação a outras formas de estadia disponíveis na região.

Outras opções de hospedagem também foram exploradas na pesquisa. Aproximadamente 11% dos turistas ficam em casas de parentes, enquanto 10% optam por locais alugados. Esses números mostram uma diversidade nas escolhas de hospedagem, embora os hotéis ainda liderem com folga.

Em um contexto mais amplo, os dados do portal da transparência do governo do Estado mostram que a arrecadação de ICMS em Santa Catarina nos quatro primeiros meses de 2023 foi de R$ 146 milhões. Isso representa um aumento de 88% em relação ao mesmo período de 2019, antes do início da pandemia.

O setor turístico é um pilar significativo da economia estadual, contribuindo com cerca de 13% do Produto Interno Bruto (PIB). Esses números recentes sugerem uma recuperação robusta do setor turístico em Santa Catarina, especialmente quando levamos em conta os desafios enfrentados durante a pandemia.

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