Uma pesquisa desenvolvida na Inglaterra mostrou que um a cada 25 estudantes universitários já tentou ganhar dinheiro com algum ato de conotação sexual, entre eles a prostituição e a venda de peças íntimas como calcinhas e sutiãs. “Essa possibilidade de trabalho meio que sempre esteve no meu radar como uma forma fácil de ganhar dinheiro em tempos difíceis”, disse F, 22 anos, que aceitou falar sob anonimato. Ele se prostituiu para outros homens quando era um estudante adolescente a fim de ganhar entre 20 e 120 libras por programa (algo entre R$ 105 e R$ 630). Quando seus pais descobriram, puseram um fim na atividade. “Eu me arrependo ao olhar para trás. Mas se eu me visse novamente na mesma situação, talvez eu fizesse o mesmo”, disse.
Segundo o site Save the Student, que realizou o levantamento com mais de 3 mil universitários, a proporção de estudantes que disseram ter ganhado dinheiro com esse tipo de atividade dobrou nos últimos dois anos. Outros 6% disseram que estariam dispostos a fazer algum tipo de atividade de cunho sexual caso precisassem emergencialmente de dinheiro. Quase 4 em cada 5 estudantes temem não ter dinheiro suficiente para pagar as contas todo mês, segundo o mesmo levantamento da Save the Student.
“Eu nunca fui tão pobre na minha vida como quando era estudante, porque o aluguel era muito caro. Eu só tinha o suficiente para comprar uma pizza pré-pronta por dia”, relatou outra estudante que viveu a mesma situação.
Desesperada, ela encontrou informações em redes sociais sobre como ganhar dinheiro em sites de fetiche. Passou a ganhar mais de 100 libras (quase R$ 530) por semana vendendo fotos e vídeos de seus pés.
“Eu era transparente sobre isso. Meu pai sabia, meu namorado sabia. Não me arrependo porque eu achei um jeito de ganhar dinheiro para comer.”
“Mas o difícil é a vida universitária ter me empurrado para isso, o que é injusto. Sempre me ressenti disso.”
O levantamento da Save the Student deste ano identificou que 57% dos entrevistados afirmam que preocupações financeiras afetaram sua saúde mental, uma alta de 11 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
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