O Fórum Parlamentar Catarinense e a Frente pela Conclusão das obras do Contorno Viário da Grande Florianópolis cobraram nesta segunda-feira (16) o cumprimento do cronograma que aponta para a liberação do tráfego na rodovia em 31 dezembro de 2023. A suspeita das lideranças é de que a entrega não aconteça antes de 2030. A Arteris Litoral Sul, concessionária da BR-101, ao contrário, reafirmou que pretende cumprir o prazo.

Na presença de membros do Fórum Parlamentar Catarinense, como os senadores Esperidião Amin e Dário Berger e os deputados federais Darci de Mattos (presidente do Fórum), Ângela Amin e Hélio Costa, dos vereadores de São José e membros do Fórum de Vereadores pela Conclusão do Contorno Viário e dos prefeitos de São José, Orvino de Ávila e Florianópolis, Topázio Silveira Neto, o diretor da Arteris, Antônio César Ribas Sass, garantiu que embora ainda falte 45% do traçado, será possível o cumprimento do prazo estipulado para a obra. Isso mesmo com a troca de uma importante parceira da concessionária, Camarço Correia Infraestrutura. “Venho aqui na frente de todos, garantir que a obra será entregue em dezembro de 2023” destacou.

Diversas lideranças presentes duvidam do cumprimento do prazo. Entre eles o deputado federal Hélio Costa e o deputado estadual Joao Amin. Para eles a rodovia não fica pronta antes de 2030. O senador Esperidião Amin mostrou imagens de drone do que considera serem os pontos mais críticos da obra. Ele cobrou da ANTT e da Arteris atenção aos prazos e lembrou que tudo precisa hoje estar 100% perfeito para os prazos atuais serem cumpridos. Trocas de empresas e parceiras construtoras não contribuem para isso. “A reunião de hoje foi histórica. Nunca se reuniram tantas lideranças em torno desse tema”, destacou. Ele lembrou ser ideal que se coloquem datas intermediárias para cada um dos eventos que serão cruciais para o cumprimento dos prazos.

Já o diretor da Arteris lembrou que os adensamentos que garantem a compactação do solo, que sempre foram um grande desafio para a obra, estão praticamente resolvidos. Também destacou o bom andamento dos túneis e dos projetos dos acessos às rodovias federais. Admitiu, no entanto, a saída da Camargo Correia Infraestrutura e a realização de um processo de transição com empresas substitutas, mas sem prejuízo ao cronograma dos trabalhos.

Aperto na fiscalização

Enquanto o coordenador da ANTT, Gilmar Cardoso, garantiu que a agência está fiscalizando ativamente a obra, os parlamentares mantiveram em dúvida o atendimento dos prazos e cobraram, por exemplo, punição para a concessionária, caso os trabalhos não avancem. “Queremos que caso a obra seja paralisada, que sejam, por exemplo, abertas as cancelas do pedágio. Que caso não haja conclusão no prazo, que da mesma forma sejam abertas as cancelas”, disse o representante do Fórum de Vereadores e da Câmara de São José, Rodrigo de Andrade. De acordo com ele, os vereadores permanecerão mobilizados e fiscalizando a conclusão dos trabalhos. “Não podemos aceitar calados novos atrasos enquanto continuamos pagando o pedágio e o pedágio continua sendo reajustado”, complementou.

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