A empresa Yeesco, gigante do e-commerce no setor de vestuário em Santa Catarina, enfrenta uma proibição judicial de continuar suas operações de vendas online. O Tribunal de Justiça de Santa Catarina negou um mandado de segurança da empresa, que buscava reverter a decisão do Procon de Brusque. O órgão regulador havia suspendido as atividades online da Yeesco após registrar um volume excepcional de reclamações de consumidores, totalizando 62 mil queixas no último ano no portal Reclame Aqui.

O juiz Gabriel Rosso de Oliveira justificou a decisão destacando os indícios de práticas comerciais abusivas e lesão ao consumidor por parte da Yeesco, principalmente relacionadas ao descumprimento dos prazos de entrega. Além disso, apontou a falta de eficácia nos canais de comunicação e atendimento ao consumidor como fatores cruciais para a manutenção da proibição. A empresa, que enfrenta acusações de não entregar produtos e atrasar entregas significativamente, foi advertida de que deve suportar as consequências dessas práticas, inerentes ao risco de sua atividade comercial.

Apesar do revés judicial e da proibição do Procon, a Yeesco informou que continuará com as vendas online, desafiando a determinação legal. O Procon de Brusque já anunciou que aplicará multas diárias de R$ 10 mil até que a empresa cumpra as exigências impostas para garantir os direitos dos consumidores, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor e na Lei da Entrega. Uma audiência presencial foi agendada para o dia 16 de maio para discutir o caso, enquanto as lojas físicas da empresa permanecem autorizadas a operar normalmente.

Fonte: NSC

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