A morte brutal da grávida Flávia Godinho Mafra, assassinada por Rozalba Maria Grime, que arrancou o bebê da barriga da vítima, completa 1 ano neste sábado (28). O crime, registrado em Canelinha, no Vale do Rio Tijucas, chocou o Brasil e teve repercussão internacional.
O plano de Rozalba era roubar o bebê para dizer que era sua filha, já que por meses fingiu estar grávida para se aproximar da vítima. Flávia foi atraída até uma olaria abandonada, com a mentira de que por lá ocorreria um chá de fraldas, organizado pela colega. No entanto, ao chegar foi surpreendida por golpes da assassina.
Flávia foi atingida por uma tijolada na cabeça. Ela desmaiou. Depois, com um canivete, ela teve sua barriga cortada para forçar o parto. O laudo do IML (Instituto Médico Legal) atestou que a vítima morreu devido à perda de sangue em excesso, durante o parto forçado. A bebê, arrancada da mãe de forma brutal, também foi ferida no processo.
Carregando a criança, Rozalba foi até o hospital da cidade, onde alegou que passou por um parto emergencial na beira da estrada, com a ajuda de um bombeiro, e que ele, no processo, cortou a criança.
Os médicos estranharam a história: Rozalba não apresentava características físicas de uma mulher imediatamente após dar à luz. Foi quando a Polícia Militar foi chamada. Ela e o marido foram presos em flagrante no dia seguinte ao crime, acusados de homicídio e sequestro de incapaz.
Julgamento
Na Delegacia de Polícia Civil de Tijucas, Rozalba Maria Grime confessou o crime. Presa, ela foi encaminhada ao Presídio Feminino de Chapecó, no Oeste Catarinense. Mais tarde, ela foi transferida para o Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí. Ameaçada, ela foi transferida novamente, desta vez para a Grande Florianópolis, onde aguarda julgamento. O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) apresentou uma denúncia contra Rozalba, depois que as investigações foram concluídas: ela é acusada de homicídio, qualificado por feminicídio e motivo torpe, entre outras qualificadoras. Além disso, é acusada de tentativa de homicídio contra a criança, além de ocultação de cadáver e uso de um meio que impossibilitou a defesa da vítima.
Para a promotora de Justiça Mirela Dutra Alberton, todas as qualificadoras do crime estão comprovadas nos autos do processo. Rozalba deve ser julgada por sete pessoas, escolhidas aleatoriamente, e que são voluntárias do Poder Judiciário. O julgamento deve acontecer ainda em novembro deste ano, na comarca de Tijucas. Para Bruna dos Anjos, advogada de defesa da acusada, não se questiona a autoria ou a materialidade do crime. Ela afirma que, o que se busca, é uma interdisciplinaridade, entre e a criminologia e a preservação da saúde mental de Rozalba.
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Fonte: Visor Notícias
Sobre o autor:
Brunela Maria
Brunela Maria é jornalista desde 2011 e formada pelo Centro Universitário IESB, em Brasília. Trabalhou no Notícias do Dia, em Florianópolis e na Record TV Brasília. Atua como repórter no portal Visor Notícias e também na WebTV desde 2019.
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