Durante o voo sobre Florianópolis, os passageiros foram surpreendidos por uma intensa luz verde, causando desconforto e levando a tripulação a fechar as cortinas da aeronave. O caso ocorreu na noite desta segunda-feira, por volta das 22h40.
A luz emitida deixava a visão turva, relatou uma passageira
A psicóloga Naira Pedroso estava a bordo do avião, retornando de uma viagem a São Paulo: “Estava sentada próxima à janela olhando para fora, quando percebi um clarão forte atravessando a janela. Curiosa, fui olhar e fiquei com a visão turva por alguns segundos”, conta.
Naira conseguiu gravar o incidente e usou suas redes sociais para alertar sobre os perigos de apontar objetos luminosos para aeronaves. “Filmei porque achei um absurdo e tinha conhecimento do perigo. A pessoa que estava mirando o laser parecia saber o que estava fazendo, era insistente”, comentou.
De acordo com a psicóloga, ela e outros passageiros que estavam nos assentos do lado esquerdo do avião optaram por fechar as cortinas. “Fiquei um pouco aflita, mas acredito que os pilotos sabiam o que estavam fazendo. Mesmo assim você vai longe, já imagina o pior”, relatou.
Segundo o DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), o direcionamento de feixes de laser para as cabines das aeronaves pode causar distração, ofuscamento e momentânea cegueira, afetando a capacidade dos pilotos durante os procedimentos de voo.
É crime!
Além de representar um perigo, apontar lasers para aeronaves é considerado crime. O artigo 261 do Código Penal Brasileiro estipula uma pena de reclusão de dois a cinco anos para quem colocar em risco ou realizar atos que possam dificultar a navegação aérea, marítima ou fluvial.
Atualmente, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) oferece um formulário online para registrar incidentes desse tipo. O órgão recomenda a notificação desses casos para compilar dados e planejar medidas preventivas.
Fonte: ND+
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