A Prefeitura de Luiz Alves, no Vale do Itajaí, decretou situação de emergência devido a uma severa infestação de maruim, um pequeno inseto que tem causado grandes transtornos tanto em áreas urbanas quanto rurais do município. Em resposta ao problema, iniciou-se na última semana o primeiro teste de aplicação de um controlador biológico utilizando drones, uma estratégia inovadora visando eficácia e segurança ambiental.
Os testes, conduzidos pelo Consórcio Intermunicipal de Gestão Pública do Vale do Itapocu (Cigamvali), têm como objetivo validar a eficácia da técnica de pulverização aérea. “Estamos testando diferentes concentrações do produto e variados níveis de pulverização para determinar a abordagem mais eficaz que impedirá o desenvolvimento dos ovos do maruim”, informou um representante da Prefeitura.
A aplicação do produto biológico começou pela localidade de Rio Canoas, uma das mais afetadas pela praga, expandindo-se para outras áreas críticas de Luiz Alves. Locais com alta concentração de pessoas, como escolas e clubes com campos de futebol, também foram priorizados nas pulverizações.
Importante ressaltar, o controlador biológico é isento de substâncias químicas, portanto não prejudicial à saúde humana ou ao meio ambiente. A próxima aplicação está programada para ocorrer dentro de 15 dias, seguindo os resultados iniciais deste teste pioneiro.
Origem e prevenção do maruim
Carlos José de Carvalho Pinto, professor do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), explica que as fêmeas de maruim depositam ovos em ambientes úmidos ricos em matéria orgânica. “Em Santa Catarina, locais como restos de bananeiras são propícios para a colocação dos ovos, criando um ambiente ideal para a proliferação das larvas”, detalhou o professor.
Para mitigar a reprodução do maruim, medidas simples podem ser adotadas, como a remoção e cobertura de restos vegetais em pequenas plantações para evitar que sirvam como criadouros. Adicionalmente, o uso de vestuário adequado e repelentes é recomendado para proteger contra as picadas desses insetos, que são mais do que um incômodo devido à intensidade e ao volume dos ataques, especialmente em regiões tropicais úmidas.
A situação em Luiz Alves é um reflexo de um desafio ambiental e de saúde pública, com a Prefeitura e a comunidade buscando soluções eficazes e sustentáveis para controlar a situação e garantir a qualidade de vida dos moradores afetados pelo maruim.
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