Todo o ano de eleição sempre rola aquela curiosidade. Os candidatos precisam declarar os bens que possuem e os valores dos artigos sempre chamam a disposição, assim como excentricidade dos artigos declarados. Esse ano, além dos muitos artigos de luxo, teve candidato que declarou possuir “anel em formato de jacaré” e até seu próprio aparelho de celular.
Entres os mais de 555 mil candidatos brasileiros, o TSE informou que o bem mais valioso é do candidato a prefeito de Angra dos Reis, Mario Deschamps (PV-RJ). Ele declarou ser proprietário de um prédio comercial na Praia de Botafogo, que liga o centro e a zona sul da cidade do Rio de Janeiro. O edifício é avaliado em R$ 4,9 bilhões.
Entre os bens inusitados mais valiosos estão uma aeronave, uma coleção de obras de arte e uma plantação de uva (vinhedo). O avião pertence ao candidato à Prefeitura de São João da Mata, na Bahia, João Gualberto (PMDB). O bem está avaliado em R$ 2,9 milhões. No total, Gualberto apresentou ao TSE um patrimônio de R$ 170,2 milhões.
Avaliada em R$ 8 milhões, a coleção de obras de arte chama a atenção pelo valor. O responsável por declarar esse bem é o candidato a prefeito de São José dos Campos (SP), Dr. Cury (PSB). O patrimônio dele chega a R$ 12,9 milhões.
Já o candidato que tem uma plantação de uva avaliada em R$ 300 mil é Joel Ibaldo (Republicanos-RS). Ele pleiteia uma vaga na Câmara de Vereadores do município de Quaraí. Esse foi o único bem registrado por ele.
Mas nem só de patrimônios de luxo foram registrados pelos possíveis vereadores e prefeitos do país. Os bens declarados à Justiça Eleitoral também reúnem itens mais modestos, como ventiladores, bicicletas, cama de madeira, aparelho celular, fogão e aparelho de DVD.
Além disso, há também objetos atípicos na lista de posses dos candidatos, como um anel de jacaré, uma máquina de sorvete, uma pistola calibre .380, uma pequena biblioteca, carneiros, sacas de café e uma voadeira – embarcação movida a motor com estrutura e casco de metal.
Segundo dados do TSE, há, aproximadamente, 213 mil possíveis prefeitos, vice-prefeitos e vereadores que afirmaram não ter qualquer patrimônio. Isso representa um percentual de 38,8% – ou seja, de cada cinco candidatos dois dizem não ter bens.
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