Uma ampla operação conduzida pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul resultou na prisão de cinco pessoas e no resgate de três trabalhadores de uma pedreira na zona rural de Taquara, região metropolitana de Porto Alegre. Os trabalhadores estavam sendo submetidos a condições de trabalho análogas às de escravidão, recebendo pedras de crack como forma de pagamento.
O delegado Valeriano Garcia Neto, que comandou a operação denominada Pó de Pedra II, descreveu o cenário encontrado: “Indivíduos dormindo em alojamentos improvisados, totalmente desprovidos de condições de salubridade, desrespeitando normas sanitárias, trabalhistas e tributárias.”
Durante a operação, que é a segunda fase de uma investigação que começou há seis meses, a polícia utilizou cães farejadores para descobrir pacotes de drogas escondidos debaixo de telhas no local. A pedra grês, extraída da pedreira, é comumente utilizada na construção civil para obras externas, como calçadas, jardins e muros.
Entre os detidos estão o recrutador dos trabalhadores e operadores da pedreira, envolvidos no transporte e comércio do material extraído, além de participarem do tráfico de drogas. A primeira fase da operação, realizada em dezembro, já havia resultando em prisões relacionadas ao tráfico.
A polícia conseguiu as informações que embasaram as ações por meio de e-mails e interceptações telefônicas com autorização judicial. O delegado Garcia Neto também apontou que o funcionamento irregular da pedreira configura crime ambiental.
Os trabalhadores resgatados foram encaminhados à assistência social de Taquara para acolhimento e tratamento de possíveis dependências químicas. A secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Cidadania da cidade declarou que o Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) fará contato com os familiares dos envolvidos e prestará auxílio para reintegrá-los ao mercado de trabalho formal, uma vez que estejam recuperados.
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