O mapa elaborado pela NASA já identificou mais de uma centena de pontos de deslizamento, que se estendem de Caxias do Sul até Santa Maria
A NASA capturou imagens detalhadas da inundação em Porto Alegre com seus satélites. Nesta quarta-feira (8) o satélite Landsat 8 da NASA registrou uma imagem da cidade durante o pico da cheia, oferecendo uma visão abrangente da extensão do fenômeno. A foto, obtida pela câmera Operational Land Imager da sonda, mostra claramente a área urbana inundada, especialmente ao longo das margens do Rio Guaíba, desde Navegantes até Menino Deus.
A visualização revela a coloração barrenta das águas que cobrem regiões como Farrapos, São Geraldo, Centro e Menino Deus, além de áreas mais internas como São João e o Aeroporto Salgado Filho. A nitidez da imagem também permite identificar a presença de água barrenta nos estádios Beira-Rio e Arena do Grêmio. Essas imagens foram produzidas em apoio aos cientistas brasileiros parceiros da NASA no Programa de Ciências Aplicadas da agência, que inclui uma divisão para lidar com desastres naturais.
Os especialistas americanos estão utilizando o sistema do Landsat 8 para mapear deslizamentos de terra e identificar áreas sem energia elétrica no estado do Rio Grande do Sul. O mapa elaborado pela NASA já identificou mais de uma centena de pontos de deslizamento, que se estendem de Caxias do Sul até Santa Maria.
Outros satélites
Além das imagens do Landsat 8, a NASA também compartilhou registros da inundação feitos pelos satélites Aqua e Terra, equipados com o instrumento Modis. Este dispositivo é capaz de captar diferentes frequências de radiação, indo além da luz visível. No dia 6 de maio, o Modis registrou a extensão da inundação no rio Jacuí, desde Charqueadas, a oeste de Porto Alegre, até a entrada na Lagoa dos Patos, passando pelo encontro entre o Jacuí e o Guaíba.
A imagem revela uma mancha de água barrenta, resultado da turbulência do rio carregando sedimentos, cobrindo uma vasta extensão da lagoa, estendendo-se até o sul, aproximadamente até a latitude de Cerrito. Além disso, são visíveis as margens inundadas dos rios Sinos e Caí. Essas imagens fornecem uma compreensão mais abrangente dos impactos das cheias na região, auxiliando nas operações de resposta e na avaliação dos danos causados.
*Supervisionado por Everton Palaoro
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Fonte: Aventuras na História
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