A atuação do ciclone extratropical no Litoral Sul do Brasil causou estragos em Santa Catarina a partir da madrugada desta quarta-feira (10). Segundo informações da Defesa Civil estadual, o fenômeno atingiu 32 cidades, bloqueou estradas, fechou portos e deixou mais de 200 mil residências sem luz.

Às 9h desta quinta-feira (11), 42.619 unidades consumidoras continuavam sem energia, segundo informação das Centrais Elétricas de Santa Catarina, a Celesc. O relatório que acompanha em tempo real a situação da distribuição de energia no estado apontava que 41.177 das unidades que seguem sem luz tiveram a distribuição interrompida por conta de desligamentos acidentais.

Desligamentos acidentais são interrupções no fornecimento de energia elétrica que não podem ser previstas pela companhia, normalmente ocasionadas por temporais, vendavais, quedas de árvores, descargas atmosféricas e/ou acidentes de veículos com a rede de energia.

As cidades mais atingidas pela falta de energia na manhã desta quinta-feira são Major Gercino, que das 1.144 unidades consumidoras, tem apenas uma com luz; São João Batista, que das 14.141 unidades, conta com 10.841 sem energia; Canelinha, que das 5.732 unidades, tem apenas 282 com energia elétrica e Governador Celso Ramos, que das 13.478 unidades, registra 9.625 sem acesso à energia.

Falta de luz também influenciou no abastecimento de água

Aconteceu em Itapema. A interrupção no fornecimento de energia elétrica em praticamente todos os bairros da cidade devido ao volume de chuvas, seguida de vento com velocidade superior a 100 km/h, ocasionou em desabastecimentos pontuais de água.

A Conasa- Águas de Itapema operou com geradores nas Estações de Tratamento de Água e Elevatórias de Esgoto. As fortes chuvas também causaram problemas de carreamento de pedras, galhos e areia que obstruíram as captações de água bruta.

Como a Celesc restabelece a energia após tempestades

Quando acontecem tempestades e vendavais, as faltas de energia mais críticas, que afetam subestações e redes de distribuição principais (alimentadores), são percebidas automaticamente pelo sistema supervisor da Celesc. Nesse momento, são iniciadas, nos Centros de Operação, pelos operadores do sistema, as primeiras ações para solução das ocorrências e o despacho de equipes para resolver os problemas em campo.

Por ordem de gravidade e prioridade, a Celesc elimina primeiro qualquer risco que venha a existir a terceiros. Em seguida, serão checadas e reparadas as subestações, redes de distribuição principais, redes de distribuição secundárias e, por último, os casos individuais. Portanto, alguns consumidores podem ter falta de energia por um período maior do que outros

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