keyboard_backspace

Página Inicial

Economia

Inflação da indústria fica em 5,22% em fevereiro, maior alta desde 2014

Esse é o décimo nono aumento consecutivo na comparação mês a mês do indicador - desde agosto de 2019.

IPP home Andr Valentim Agncia Petrobras Visor Notícias
Foto: André Valentim/Agência Petrobras

Os preços da indústria subiram 5,22% em fevereiro frente a janeiro, a maior alta da série histórica do Índice de Preços ao Produtor (IPP), iniciada em 2014. O desempenho do índice em fevereiro é o segundo recorde consecutivo, após a revisão de 3,36% para 3,55% do resultado de janeiro. Com isso, o IPP acumula altas recordes de 8,95%, no ano, e de 28,58% nos últimos 12 meses.

O resultado, divulgado nesta quarta (30) pelo IBGE, reflete, principalmente, a elevação de preços das indústrias extrativas (27,91%), de refino de petróleo e produtos de álcool (12,12%), de outros produtos químicos (9,69%) e de metalurgia (8,35%). Estes são os mesmos setores que exerceram as maiores influências no resultado agregado: indústrias extrativas (1,66 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (1,04 p.p.), outros produtos químicos (0,79 p.p.) e metalurgia (0,56 p.p.).

Esse é o décimo nono aumento consecutivo na comparação mês a mês do indicador – desde agosto de 2019. O índice mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação. Dessas, 23 apresentaram variações positivas.

“O resultado dá continuidade a uma sequência de variações positivas no índice. Fatores importantes em explicar a trajetória recente dos preços industriais continuam importantes e vão traduzir – com os 3,55% de janeiro e com um número maior em fevereiro, 5,22% – um movimento que já temos percebido há alguns meses. Há uma continuidade na combinação de efeitos conjunturais, que traduzida em números, entrega uma inflação acumulada em fevereiro de 8,95%”, afirma o técnico da pesquisa, Felipe Figueiredo Câmara.

Ele explica que a depreciação cambial é um dos fatores importantes atingindo 25% no acumulado de 12 meses. Com isso, há um efeito sobre toda a cadeia produtiva porque afeta os insumos importados. Ao mesmo tempo, há um cenário de comércio exterior em que os preços das commodities minerais – óleo bruto de petróleo e minério de ferro –, cotados em moeda estrangeira, também estão subindo.

“O preço das commodities aumenta em moeda estrangeira e esse movimento é reforçado pela depreciação cambial, porque o preço desses produtos em reais fica ainda maior. Há também um efeito sobre os insumos. A indústria química é uma das influências mais importantes para o resultado do mês e sua alta de preços está muito associada ao aumento nos custos de matérias-primas importadas. Nas indústrias extrativas, há o efeito direto dos preços internacionais em produtos que têm impacto em toda a cadeia produtiva. A alta do óleo bruto reverbera nos derivados de petróleo e a do minério de ferro na metalurgia e na siderurgia. É um quadro já observado em janeiro, e que, por continuidade, vem se reforçando ao longo dos últimos meses, ajudando a explicar esses resultados recordes”, explica Câmara.

Em fevereiro, a variação média de preços nas indústrias extrativas foi de 27,91%, a maior variação da série, superando os 19,60% de dezembro de 2016. Com isso, o acumulado no ano chegou a 43,30%, maior resultado para um fevereiro e o acumulado em 12 meses foi a 87,59%, o maior da série.

Outras variações relevantes foram as da indústria de refino de petróleo e produtos de álcool, e outros produtos químicos, em média, respectivamente 12,12% e 9,69%. Refino de petróleo de produtos de álcool mantêm a sequência de resultados positivos desde outubro de 2020 (2,35%). No acumulado do ano, a variação foi de 18,04%, a maior já observada em igual mês na série. No acumulado de 12 meses, a variação foi de 18,26%, primeiro resultado positivo depois de 11 negativos consecutivos. Já outros produtos químicos registrou o oitavo aumento consecutivo e a maior variação positiva em toda série desta atividade. O setor acumulou uma variação positiva de 40,81% nos últimos 12 meses e de 15,03% no bimestre, ambos são os maiores valores em suas séries.

Em relação às grandes categorias, a influência sobre o IPP (5,22%) foi de 0,02 p.p. de bens de capital, 4,50 p.p. de bens intermediários e 0,70 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, 0,09 p.p., o resultado se deveu às variações de preços observadas nos bens de consumo duráveis e 0,61 p.p. nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Os indicadores de preços ao produtor das indústrias extrativas e de transformação são calculados a partir de uma pesquisa específica feita às empresas industriais. O painel selecionado consta de 416 produtos e cerca de 2.000 empresas, que respondem por aproximadamente 67% da receita líquida de vendas de produtos e serviços industriais. Os pesos atribuídos a produtos, empresas e atividades estão baseados nas pesquisas anuais de indústria de 2016. Todavia, para seleção de produtos e empresas foram utilizadas as pesquisas de 2014.

Quer receber as notícias em tempo real?

Clique aqui para entrar no nosso grupo do WhatsApp e fique sempre bem informado.

⚠ ATENÇÃO: Caso não esteja conseguindo clicar no link das notícias, basta adicionar um administrador do grupo em sua lista de contatos.

Fonte: IBGE

Sobre o autor:
Redação
Redação Visor Notícias
Visor Notícias é um portal com notícias e reportagens sobre o dia a dia do Litoral Norte e Grande Florianópolis criado em 2016.

Experimente um jeito prático de se informar: tenha o aplicativo do Visor Notícias no seu celular. Com ele, você vai ter acesso rápido a todos os nossos conteúdos sempre que quiser. É simples, intuitivo e gratuito!

Economia

Porto de São Francisco aumenta lucro em cinco vezes em um ano

Movimentação em 2023 chegou a 16,8 milhões de toneladas

Economia

Abertura do mercado livre para o Grupo B pode gerar economia de R$ 35 bi

Pesquisa revela que famílias e pequenas empresas podem se beneficiar da abertura do mercado para rede de baixa tensão

Economia

Banco Central destaca a importância da digitalização da moeda na redução do crime financeiro

A digitalização da moeda refere-se ao processo de converter o dinheiro físico, como cédulas e moedas, em uma forma eletrônica ou digital

Economia

Antecipação do 13º do INSS deve movimentar R$ 1,6 bilhão em SC

Primeira parcela deve ser paga a partir desta quarta-feira (24)

Mais notícias

Política

Número de jovens aptos a votar aumenta em 50% desde a última eleição em SC

Estatística vinha caindo desde as eleições municipais de 2012

Geral

Reforma Tributária zera impostos em 15 itens da cesta básica

Outros 14 alimentos terão alíquota reduzida em 60%