Um fóssil raro de aproximadamente 270 milhões de anos foi encontrado por um grupo de peregrinos em Major Vieira, no Planalto Norte de Santa Catarina. O grupo, que percorria mais de 130 quilômetros pela região, inicialmente não sabia que haviam encontrado um vestígio de uma antiga conífera, precursora dos pinheiros modernos e outras espécies similares.
A descoberta ocorreu em maio deste ano, quando Ezequiel, um dos peregrinos, encontrou o fóssil na localidade de Pulador. Ele compartilhou a descoberta com Leandro Castro, arquiteto e urbanista que participava da caminhada. “Ele veio até mim e me desafiou a adivinhar o que ele tinha encontrado. Quando sugeri que era um fóssil, ele confirmou e me presenteou”, contou Castro.
Após reconhecer o valor científico do achado, o fóssil foi examinado mais detalhadamente. Luiz Carlos Weinschutz, pesquisador da Universidade do Contestado, explicou que o fóssil é de uma conífera muito primitiva e tem cerca de 270 milhões de anos. “Este tipo de fóssil, embora conhecido pela comunidade científica, é raro e só foi encontrado em algumas áreas como Major Vieira, Irineópolis, Canoinhas e Três Barras”, disse Weinschutz.
A importância deste fóssil reside em sua capacidade de proporcionar insights sobre a história geológica da região, que, milhões de anos atrás, era coberta por vastas florestas e rios. Reconhecendo a relevância educacional do fóssil, Castro decidiu doá-lo à Escola Luiz Davet. Lá, professores e alunos terão a chance de estudar essa peça histórica de perto.
Castro também procurou a validação científica para sua descoberta. “Enviei imagens para o Museu de Mafra, onde um professor de paleontologia confirmou a idade do fóssil em cerca de 270 milhões de anos”, adicionou.
Seca histórica leva à descoberta de fósseis de 280 milhões de anos
A seca histórica em Santa Catarina levou a descoberta de fósseis de 280 milhões de anos de Mesossauros entre as rochas de Três Barras, cidades do Planalto Norte de Santa Catarina. Pesquisadores do Centro Paleontológico da Universidade do Contestado (Cenpaleo-UnC), de Mafra, divulgaram a descoberta.
Foto: UnC/Divulgação
Luiz Carlos Weinschühz, paleontólogo coordenador do Cenpaleo, disse que o achado foi possível porque o nível de água do Rio Negro sofreu rebaixamento como efeito da seca no estado, expondo leitos rochosos que por muito tempo ficaram cobertos. Neles foram encontrados os fósseis, identificados inicialmente por Carlos Eduaro Fiolek, coordenador do Museu do Contestado de Três Barras.
Pesquisadores do Cenpaleo foram até o local e reconheceram nas rochas várias estruturas que são referentes a antigos répteis que viveram na região há cerca de 280 milhões de anos. Eles são chamados de mesossauros.
Mesossauros eram répteis aquáticos que viviam em um antigo golfo reconhecido na paleontologia e na geologia como “Golfo Irati”. Eles tinham de 80 centímetros a um metro, membranas entre os dedos para facilitar o nado e se alimentavam de pequenos crustáceos.
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Fonte: Visor Notícias
Sobre o autor:
Emanuele Azevedo
Emanuele Vitória Azevedo Dutra é estudante de Jornalismo pela Universidade do Vale do Itajaí. Atua como assistente na redação do Visor Notícias.
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