Uma forte erupção solar registrada na manhã desta quarta-feira (14) causou perturbações nos sistemas de comunicação via rádio em diversas regiões da Europa, da Ásia e do Oriente Médio. O fenômeno, classificado como X2.7, a maior erupção de 2025 até agora, surpreendeu a comunidade científica internacional por sua intensidade.
An X2.7 flare was observed at 14/0825 UTC from Region 4087. This region has recently become active and also produced an M5.3 flare at 14/0325 UTC. pic.twitter.com/C3IKE46Vps
— NOAA Space Weather Prediction Center (@NWSSWPC) May 14, 2025
A explosão teve origem na região de manchas solares AR4087 e atingiu seu pico às 5h25, no horário de Brasília, segundo informações da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA). De acordo com o Centro de Previsão do Clima Espacial, também vinculado à NOAA, o evento foi classificado como um apagão de rádio de nível R3, considerado significativo.
As comunicações via rádio de alta frequência foram afetadas nas áreas que estavam voltadas para o Sol no momento da explosão.
Um fenômeno raro e de alta intensidade
Erupções solares como a registrada nesta quarta-feira (14) são incomuns, mesmo em períodos de forte atividade solar. Esses eventos são classificados em uma escala de cinco categorias crescentes — A, B, C, M e X —, com cada nível representando um aumento de dez vezes na energia liberada. A erupção de classe X2.7, embora esteja na faixa inferior da categoria mais poderosa, representa uma liberação significativa de energia.
Foto: Regiões atingidas
No momento da explosão, uma intensa rajada de raios X e radiação ultravioleta extrema atingiu a Terra quase instantaneamente, ionizando rapidamente a camada superior da atmosfera. Essa alteração abrupta provocou interferências em sinais de rádio de alta frequência, comprometendo comunicações em várias regiões do planeta.
Há suspeitas de que o evento tenha sido acompanhado por uma ejeção de massa coronal (CME), embora essa hipótese ainda não tenha sido confirmada. As CMEs são nuvens de plasma e campo magnético solar que, ao atingir o campo magnético da Terra, podem desencadear tempestades geomagnéticas e provocar auroras intensas em latitudes elevadas.
Atividade solar intensa pode representar risco maior nos próximos dias
Por enquanto, os impactos da erupção solar registrada nesta semana permanecem limitados, já que a região ativa AR4087 ainda está localizada na borda do Sol, com menor influência direta sobre a Terra. No entanto, a área está em rotação e se aproximando gradualmente da direção do planeta, o que pode ampliar os efeitos nos próximos dias.
O pesquisador e caçador de auroras Vincent Ledvina alertou, em publicação na rede X: “Está ficando intenso, especialmente à medida que essa região ativa se aproxima do nosso campo de visão. Essa mesma AR produziu uma erupção M5.3 há poucas horas. O que essa região ativa tem planejado para os próximos dias… teremos que esperar para ver.”
A preocupação aumentou após a mesma região solar ter emitido uma nova erupção significativa na manhã de terça-feira (14), desta vez classificada como M7.74, com pico às 8h18 (horário de Brasília). Se a intensidade se mantiver ou aumentar à medida que a AR4087 se alinhar com a Terra na próxima semana, há potencial para impactos mais graves na atividade geomagnética e possibilidade de auroras visíveis em regiões onde o fenômeno não é comum.
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Fonte: NBC News
Sobre o autor:
Emanuele Azevedo
Emanuele Vitória Azevedo Dutra é estudante de Jornalismo pela Universidade do Vale do Itajaí. Atua como assistente na redação do Visor Notícias.
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