O consumidor catarinense vem sofrendo com os sucessivos aumentos na tarifa da energia elétrica. O levantamento da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) mostrou que entre os anos de 2015 a 2021, a conta de luz aumentou, em média, 16,3% ao ano, sendo que, no mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 6,7% ao ano.
Em tempos de tarifas altas, as fontes de energias renováveis estão sendo alternativas para as famílias, pequenas e médias empresas buscarem economia e sustentabilidade. A geração de energia solar vem ganhando espaço no mercado devido à diminuição do custo para implantação das placas solares, tornando-se mais acessível. Em junho, o consumo do país de energia fotovoltaica, baseado em energia solar, ultrapassou a marca de 16 gigawatts (GW) de potência operacional fotovoltaica, segundo dados da ANEEL.
“É hoje a tecnologia mais barata para geração de energia e a disponibilidade é abundante em todo o território nacional”, explica o coordenador do Grupo de Pesquisa Estratégica Solar da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Ricardo Rüther.
De acordo com os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o Brasil obteve um incremento de 165,6 megawatts (MW) na matriz elétrica em junho de 2022. Do total, 87,6 MW provêm das usinas eólicas, 49,6 MW de geração solar fotovoltaica e 28,4 MW de termelétricas são as fontes mais presentes. A expansão no primeiro semestre foi registrado o volume de 2.328 megawatts, com novos empreendimentos em 13 estados.
Especializado em microfinanças, o Banco da Família lançou uma linha específica para compra e instalação de equipamentos há três anos e já liberou R$ 3,9 milhões para a Região Sul do Brasil, sendo R$ 587 mil em 2020, R$ 1,7 milhão no ano seguinte e R$ 1,5 milhão em apenas seis meses de 2022.
“O investimento inicial na energia solar é a longo prazo, cerca de 72 meses porque com dinheiro economizado nas parcelas consegue pagar o financiamento”, explica a presidente do Banco da Família, Isabel Baggio. Além disso, o estado de Santa Catarina representa uma fatia importante no mercado de energia alternativa. “Atualmente Santa Catarina representa 50% dos nossos financiamentos, enquanto o Paraná fica em segundo e o Rio Grande do Sul na terceira colocação”, afirma Isabel.
Em Biguaçu, na região da Grande Florianópolis, começou a operar uma Usina de Fotovoltaica com 1.260 módulos fotovoltaicos 395 Watt-pico (Wp), com potência de quase 500 Quilowatts-pico (KWp), o que deverá representar uma economia anual de cerca de 300 mil reais ao consumidor que aderir a ligação fotovoltaica. Com esse potencial, os benefícios ambientais em um ano serão equivalentes a nove mil unidades de árvores plantadas, além de deixar emitir cerca de 350 mil toneladas de Dióxido de Carbono (CO²) na natureza e quase dois milhões de km de poluentes produzidos.
“Os sistemas de energia fotovoltaica proporcionam redução de até 95% na conta de energia elétrica, além de não ser poluente”, explica Thiago Müller Martins, gerente da área de energia solar da Quantum Engenharia, empresa responsável pelo projeto em Biguaçu.
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