A Febre do Oropouche, também conhecida como a doença do maruim, foi confirmada em três cidades do Vale do Itajaí, em Santa Catarina: Botuverá, Brusque e Luiz Alves. O aumento dos casos levou a uma situação de emergência declarada em Luiz Alves devido à infestação do mosquito vetor. Os diagnósticos foram confirmados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do governo estadual, indicando um total de dez infecções até o momento.
Distribuição dos casos revela que metade dos infectados está em Botuverá, quatro em Brusque e um em Luiz Alves. A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina informou que iniciará uma série de ações nos municípios afetados para coletar informações detalhadas sobre os casos confirmados e suspeitos. Isso inclui o monitoramento dos deslocamentos dos moradores, análise de sintomas e o quadro clínico geral, além da coleta de mosquitos para estudos adicionais e encaminhamento de amostras para testagem no Lacen.
Os sintomas da Febre do Oropouche são similares aos de doenças como dengue e chikungunya, incluindo dores de cabeça, musculares, articulares, náusea e diarreia. Até o momento, todos os infectados estão se recuperando bem. Este é o primeiro registro de casos autóctones da doença em Santa Catarina, uma situação preocupante dado o histórico de surtos no Norte do Brasil, onde a doença é mais prevalente. A secretaria de saúde também aponta que há um procedimento padrão de testar para Oropouche sempre que um diagnóstico de dengue resulta negativo, indicando um esforço contínuo de vigilância.
Saiba mais sobre a febre do Oropuche
Identificada pela primeira vez no Brasil em 1960 durante coletas de amostras de um bicho-preguiça na construção da rodovia Belém-Brasília, a Febre do Oropouche tem sido registrada principalmente nos estados da região amazônica através de casos isolados e surtos. Devido à ausência de um tratamento específico, as recomendações médicas concentram-se em aliviar os sintomas, enfatizando a importância da hidratação e do repouso, semelhante ao tratamento para dengue.
O maruim, principal vetor da doença, é comumente encontrado em áreas úmidas ricas em matéria orgânica. Após se alimentar de sangue infectado, seja de humanos ou animais, o mosquito pode carregar o vírus por alguns dias. Uma nova picada a outro indivíduo resulta na transmissão do vírus. Além do maruim, outros mosquitos como o Aedes serratus e o Culex quinquefasciatus, também conhecido como pernilongo, podem agir como vetores em áreas urbanas.
Os sintomas da Febre do Oropouche manifestam-se geralmente entre três a oito dias após a picada inicial e podem persistir de dois dias até uma semana, conforme informações do governo federal. A doença, que é causada pelo vírus Orthobunyavirus, geralmente resolve-se sem deixar sequelas, apesar de seu alto potencial de disseminação e capacidade de provocar surtos e epidemias.
Como prevenir
Em geral, o maruim é atraído por ambientes úmidos, sombreados e ricos em matéria orgânica. Para evitar a proliferação desses mosquitos, é crucial manter os terrenos limpos e sem acúmulo de mato. Além disso, o uso de repelentes e o vestuário com roupas compridas podem ser medidas eficazes para prevenir picadas.
*Supervisionado por Everton Palaoro
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