A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA) anunciou que a América do Sul viveu o início de ano mais quente desde o início dos registros de temperatura, com janeiro de 2024 marcando recordes históricos. Este aquecimento sem precedentes favoreceu uma onda de calor extremo no final do mês, contribuindo para os incêndios devastadores nas regiões chilenas de Valparaíso e Viña del Mar, que resultaram em mais de 130 mortes.

O fenômeno não se restringiu à América do Sul. Globalmente, janeiro de 2024 foi o mês mais quente já registrado, continuando uma sequência de meses com temperaturas recordes. Este foi o oitavo mês consecutivo a atingir um novo máximo de temperatura global, com a média da superfície terrestre e oceânica 1,27ºC acima da média do século XX de 12,2ºC.

Além do calor, janeiro também foi marcado por ser o segundo mês mais chuvoso no mundo, seguindo um dezembro também com chuvas recordes. Regiões da América do Norte, Ásia e Austrália experimentaram umidade acima da média, enquanto áreas significativas da África austral e da América do Sul registraram secas mais intensas que o habitual.

Paralelamente, a superfície dos oceanos globais atingiu temperatura recorde pelo décimo mês consecutivo, uma tendência influenciada pelas condições do El Niño, que persistem desde junho de 2023. A NOAA prevê que o Pacífico possa retornar à neutralidade climática no outono.

A perspectiva anual de temperatura global da NOAA indica que 2024 tem 22% de chance de ser o ano mais quente já registrado, e uma probabilidade de 99% de estar entre os cinco anos mais quentes na história. Este cenário alarmante reforça a urgência de medidas globais para enfrentar as mudanças climáticas e mitigar seus efeitos devastadores.

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