Uma criança de 7 anos foi resgatada pela Polícia Militar após sofrer maus-tratos da própria mãe. Ela estava há dias sem comer. A menina ainda contou para os policiais que precisou buscar alimentos no lixo de uma casa vizinha pois estava faminta. O caso foi descoberto na noite de terça-feira (04), no bairro Cumbica, em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo.
Equipes estavam se deslocando para uma ocorrência policial, quando, na rua Pôrto Martinho, em Cumbica, encontraram uma mulher, que pediu ajuda. Ela disse que sua vizinha agredia violentamente a própria filha. Aos policiais, ela ressaltou que, minutos antes, havia gravado os gritos da criança por meio de um áudio e mostrou aos policiais. Conforme divulgado pela Agência Record, às mídias registram a voz de uma mulher alterada, estrondos e choro do que aparenta ser uma criança.
No endereço, a mãe da criança negou o ato à Polícia Militar. As equipes, então, pediram que a mulher apresentasse a criança. Naquele momento, foi possível ver as marcas de agressões no rosto, cabeça, nariz e mãos da menina. A garota estava física e psicologicamente abalada, segundo a Polícia Militar. A criança relatou aos agentes que foi violentada sexualmente pelo pai, quando era mais nova, e que fazia tratamentos psicológicos por conta disso.
A menina contou ainda que quando a mãe quer castigá-la, por algum motivo, a coloca de joelhos na cozinha, durante toda a madrugada, com as luzes acesas, a privando de dormir. A criança também foi agredida com pedaços de mangueira, socos e chutes. A mãe foi conduzida ao 7º Distrito Policial, de Guarulhos, junto com a vizinha, que testemunhou os fatos. Ela foi socorrida até a Unidade de Pronto Atendimento Cumbica, onde o médico constatou lesões nas costas, tórax, barriga, face, cabeça, nos dois braços, nas duas pernas, pés e mãos. A equipe médica solicitou exames e prescreveu medicações.
A mãe não ficou presa e será investigada por maus-tratos. O delegado solicitou apoio do Conselho Tutelar, que deixou a criança sob os cuidados de um casal de primos da mãe.
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