Uma tartaruga presa em uma rede de pesca e em perigo de afogamento foi salva em Balneário Camboriú, graças à rápida ação de bombeiros que usaram técnicas de resgate humanas. O resgate aconteceu na manhã do último domingo (15), após surfistas alertarem os socorristas.

O caso aconteceu por volta das 10h deste domingo (14), quando surfistas avistaram uma tartaruga presa em uma rede de pesca entre as praias do Buraco e Central. Bombeiros do grupo de Salvamento e Resgate de Balneário Camboriú rapidamente chegaram ao local de moto aquática conseguiram libertar o animal, mas notaram que ele estava afogado.

Os bombeiros decidiram levar a tartaruga para o quartel para receber cuidados imediatos. Eles entraram em contato com o Projeto de Monitoramento de Praias, em Penha, e receberam autorização para usar oxigênio na tartaruga, uma técnica comum em resgates de afogamento humano. Após a aplicação do oxigênio, a tartaruga mostrou uma reação positiva ao tratamento.

Jorge Batista, um dos bombeiros envolvidos no resgate, mencionou que embora não seja a primeira vez que eles salvam tartarugas, frequentemente esses animais já estão mortos quando liberados das redes de pesca. Neste caso, a tartaruga não nadou após ser solta, o que levou os bombeiros a intervir com procedimentos de salvamento.

A tartaruga, uma espécie que precisa subir à superfície para respirar, estava em risco de afogamento devido à exaustão causada pela luta para se libertar da rede. A ação rápida e cuidadosa dos bombeiros evitou que o animal se tornasse mais uma vítima de emalhe.

Após os primeiros socorros, a tartaruga foi levada para a Unidade de Estabilização de Animais Marinhos da Univali, em Penha. Lá, ela está sob os cuidados do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), recebendo tratamento especializado.

Os especialistas do local identificaram a tartaruga como uma tartaruga-verde juvenil. Apesar de estar anêmica e ter defecado resíduos sólidos, ela está em boa condição física e integridade corporal, segundo os médicos veterinários.

Adriane Steuernagel, médica veterinária do projeto, explicou que, devido ao histórico de emalhe e à chegada apática do animal, há uma preocupação com possíveis danos pulmonares. Por isso, a tartaruga está recebendo oxigênio medicinal em uma caixa parcialmente fechada para garantir sua oxigenação adequada.

A tartaruga permanecerá em estabilização e tratamento contínuo na unidade, com sua saúde sendo monitorada de perto pela equipe médica.

*Supervisionado por Everton Palaoro

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