O Extremo Oeste de Santa Catarina vive em 2021 um verdadeiro colapso na saúde. O Coronavírus (Sars-CoV-2) vem transformando a realidade dentro dos hospitais. Com UTI’s lotadas, o improviso de novos leitos no pronto socorro é uma saída que se faz urgente e necessária. Paramentados da cabeça aos pés e dedicados a uma rotina aparentemente interminável, profissionais da saúde beiram o limite da exaustão.

“Está cada vez mais grave, estamos com o hospital lotado. As equipes estão cansadas. Nós estamos esgotados. Está muito difícil não só para nós, para todo mundo. Mas sem conscientização e cuidados necessários infelizmente não vamos progredir”, alerta a enfermeira do Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, de São Miguel do Oeste, Renata Marcon.

Há quase um ano, o Brasil vem experimentando as consequências de uma pandemia global que, mais que mudar nossos hábitos, foi capaz de tirar de muitos o seu bem mais precioso: a vida. E mesmo quem segue saudável nesse cenário angustiante, provavelmente já experimentou a dor de perder um familiar ou a inquietude de assistir um amigo restrito a um leito de um hospital. “Está sendo um momento muito preocupante, está sendo uma situação emergencial. Precisamos da ajuda de toda a população”, reforça a enfermeira Yasminne Marolli.

Há 12 meses, o Coronavírus chegou com a esperança de que fosse passageiro, de que as nossas vidas logo seguiriam seu curso normal, sem maiores mudanças no itinerário. Mas, nesse período, mais de 240 mil pessoas morreram no Brasil vítimas de Covid-19, quase 7 mil delas só em Santa Catarina. São mães e pais, avôs e avós, filhos e filhas, netos e netas, pessoas que deixaram um vazio permanente em seus seios familiares. E, ao contrário do que se esperava, a pandemia parece longe de acabar.

Frente a esse cenário dramático, a Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina (Ameosc) lança mais que uma campanha regional, mas um apelo para que a comunidade dos 19 municípios associados e toda a população catarinense encare a situação com a seriedade que ela merece.

Em imagens gravadas no Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, de São Miguel do Oeste – referência para atendimento de pacientes infectados com Covid-19 na região – e atreladas a depoimentos de profissionais da linha de frente, o audiovisual expõe essa realidade grave e preocupante: o Extremo Oeste está na UTI.

“Todos nós estamos na UTI, a situação é muito grave. Estamos vivendo o pior momento de todo esse ano de muito trabalho e por isso nós imploramos à população que faça a sua parte porque a nossa parte nós estamos fazendo todos os dias”, salienta o médico Pedro Cetolin.

O objetivo da campanha é promover uma divulgação em massa do audiovisual, com a intenção de comover a toda a comunidade catarinense, principal responsável por mudar essa preocupante realidade. Para isso, a solução é simples e efetiva. “Peço que as pessoas sintam mais amor próprio. Tudo que estamos vivendo nesse momento tem a ver com amor próprio. Por favor, se conscientizem, usem máscara, higienizem as mãos, mantenham o distanciamento”, pede a enfermeira Daniela Graczyk.

Ajudar a tirar nossa região da UTI é um compromisso de todos. Colaborar para frear o contágio pelo Coronavírus é papel de todos os cidadãos. Por respeito aos profissionais da saúde e todas as vítimas dessa pandemia, faça sua parte. Os cuidados que mantermos agora, darão mais sentido às boas experiências que vamos compartilhar depois e quando tudo passar.

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