A onda dos bebês reborn, bonecas hiper-realistas tratadas como filhos, chegou ao Congresso Nacional. Três projetos de lei protocolados na Câmara dos Deputados na quinta-feira (15) propõem medidas que vão de acolhimento psicológico a multas de até R$ 30 mil para quem utilizar os bonecos de forma indevida em serviços públicos.

O deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) quer proibir o atendimento de bebês reborn em unidades de saúde, incluindo clínicas que simulam consultas para os bonecos. Ele afirma que a prática representa desvio de função dos serviços de saúde, especialmente quando envolve recursos públicos ou interfere no atendimento a pacientes reais.

Já a deputada Rosângela Moro (União-SP) propôs que o SUS ofereça acolhimento psicossocial a pessoas com vínculos afetivos intensos com essas bonecas. Outro projeto, assinado pelo deputado Dr. Zacharias Calil (União-GO), propõe multa de 5 a 20 salários mínimos, entre R$ 7,5 mil e R$ 30 mil, para quem tentar obter atendimento prioritário com um bebê reborn. O valor pode dobrar em caso de reincidência e seria destinado a fundos de proteção à infância.

Bebê reborn de R$ 6 mil com defeitos vai parar na Justiça

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro vai julgar o caso de uma mulher que entrou com ação contra uma vendedora de bonecas reborn após receber um exemplar com defeitos. A mulher, que sofre de depressão e mora sozinha, afirma ter comprado a boneca em setembro de 2024 por R$ 5,8 mil, além de R$ 225 de frete, com o objetivo de ter companhia e direcionar seu afeto. No entanto, o produto chegou com falhas no cabelo, descamação nas pernas e remendos no nariz, o que comprometeu o realismo prometido. Leia mais.

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