Tijolos de cocaína descartados no mar por traficantes de drogas estão alterando o comportamento dos tubarões ao longo da costa da Flórida, sugerem cientistas no documentário “Cocaína Sharks” (Tubarões-Cocaína), que será lançado no Discovery em 27 de julho. As informações são de ND+.
A Flórida, situada no sudeste dos EUA, é conhecida por ser um ponto de entrada para narcóticos. Traficantes de drogas frequentemente jogam grandes quantidades de cocaína ao mar de aviões, que depois são recuperadas por barcos.
Os cientistas afirmam que esta prática está fornecendo um “banquete” para os tubarões, provocando comportamentos incomuns. “O documentário destaca um problema real: tudo que usamos, fabricamos, e colocamos em nossos corpos acaba em nossas águas residuais e corpos d’água naturais, expondo a vida marinha da qual dependemos”, disse Tracy Fanara, engenheira ambiental da Flórida e membro principal da equipe de pesquisa, ao The Guardian.
Se os tijolos de cocaína representam uma fonte pontual de poluição, é plausível que os tubarões possam ser afetados. “A cocaína é tão solúvel que qualquer pacote que se abra, mesmo que minimamente, perde sua integridade estrutural e a droga se dissipa na água”, explica Fanara.
Durante seis dias de observação no mar de Flórida Keys, os pesquisadores notaram mudanças no comportamento dos tubarões que poderiam indicar a ingestão de cocaína. Um exemplo é o caso de um tubarão-martelo, normalmente recluso, que nadou diretamente em direção aos mergulhadores.
Outro incidente incomum envolveu um grande tubarão-branco, que começou a nadar em círculos ao redor de um objeto imaginário. Tais comportamentos são inusitados para as respectivas espécies.
A hipótese ganhou ainda mais força quando os cientistas simularam o arremesso de tijolos de cocaína ao mar, além de “cisnes falsos”. Os tubarões optaram por morder desesperadamente as cargas que simulavam as drogas. “Foi insano”, disse Tom Hird, biólogo marinho envolvido no estudo.
Os pesquisadores observaram que os tubarões pareciam “enlouquecer” ao morder os fardos que simulavam a cocaína, uma experiência que poderia ser comparada ao aumento dos níveis de dopamina em humanos.
O estudo ainda está em seus estágios iniciais, tornando impossível determinar quanto de cocaína os tubarões podem ter ingerido. A equipe pretende coletar amostras de sangue dos tubarões nos próximos meses para medir os níveis de drogas.
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