A transmissão comunitária da variante P.1 do novo coronavírus, conhecido como variante brasileira, apontada como ainda mais transmissível, pode estar circulando localmente em SC. A identificação foi feita pelo laboratório da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) através da Força Tarefa Covid-19 da UFSC, que já fez alerta para Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica (Dive)
Segundo noticiado pela colunista da NSC, Dagmara Spautz, o comunicado enviado pelo professor Glauber Wagner, reforça que a variante foi encontrada em testes de três pessoas que fizeram exames no Hospital Universitário. O documento, a que o repórter Julio Ettore, da NSC TV, teve acesso, indica que esses pacientes não viajaram nas últimas semanas, de acordo com a Vigilância Estadual – o que aponta para casos autóctones.
“Estes pacientes não apresentam registros de viagem para outras regiões do país nas últimas semanas, em especial para a região Norte, nem tiveram contato com os pacientes recebidos de Manaus. Desta forma, tratar-se de casos de transmissão autóctones da variante P.1 aqui no Estado de Santa Catarina, e sendo os primeiros registos de transmissão autóctone de P.1 aqui no Estado com genoma sequenciado que temos conhecimento”.
Os testes foram enviados pelo Lacen para a Fiocruz, no Rio de Janeiro, para sequenciamento de genoma. O superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, diz que o Estado vai aguardar a confirmação dos resultados.
Além dos casos autóctones de P.1, o Estado também aguarda a confirmação de 16 testes enviados à Fiocruz der suspeita da variante B.1.1.7 – a do Reino Unido. O laboratório Santa Luzia identificou a mutação em 16 testes na Grande Florianópolis.
Se confirmada a circulação das duas variantes, o Estado pode estar sob pressão de mutações que potencializam as infecções. Isso ocorre porque ambas possuem alterações na proteína Spike, que conecta o coronavírus às células. Essa mudança aumentou a carga viral nas pessoas infectadas.
As novas mutações têm sido apontadas pela Secretaria de Estado da Saúde como provável causa para a explosão de internações por Covid-19 em Santa Catarina. Em entrevista à coluna, o superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, apontou que há uma “mudança no perfil epidemiológico”.
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