O período do El Niño, que se estendeu ao longo de 2023 e parte de 2024, está chegando ao seu fim, trazendo um certo alívio para áreas que sofreram com chuvas intensas e enchentes. De acordo com análises realizadas pelo Metsul, esse fenômeno climático ocasionou meses de precipitação acima da média, especialmente no estado do Rio Grande do Sul, onde ocorreram grandes inundações em setembro, novembro e mais recentemente em maio.
Com o término previsto do El Niño, as previsões indicam uma mudança nas condições climáticas nas próximas semanas. Espera-se, em particular, que as águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial comecem a se resfriar gradualmente, resultando na instauração de um período de neutralidade climática, no qual nem o El Niño nem o La Niña estarão predominando.
Enquanto o El Niño dá lugar à neutralidade, os especialistas já direcionam sua atenção para o próximo fenômeno climático: o La Niña. Segundo estimativas do Centro de Previsão Climática (CPC) da NOAA, as chances de transição do El Niño para o La Niña nos próximos trimestres estão aumentando.
Para o trimestre de maio a julho, as probabilidades indicam 2% para El Niño, 87% para neutralidade e 11% para La Niña. Entretanto, conforme avançamos para o inverno, as chances de La Niña aumentam significativamente. Para o trimestre de junho a agosto, espera-se 1% de probabilidade de El Niño, 39% de neutralidade e expressivos 60% de La Niña. E as tendências continuam, com as chances de La Niña aumentando nos trimestres seguintes.
O fenômeno La Niña, oposto ao El Niño em suas características, traz consigo uma série de impactos no sistema climático. Ele é caracterizado por temperaturas abaixo do normal na superfície do Oceano Pacífico equatorial central e oriental. Enquanto o El Niño tende a trazer condições mais quentes, o La Niña geralmente resulta em um resfriamento dessas águas.
O último evento significativo de La Niña ocorreu entre 2020 e 2023, ocasionando estiagens prolongadas no Sul do Brasil e uma crise hídrica em países como Uruguai, Argentina e Paraguai. No Brasil, os efeitos do La Niña variam conforme a região, com aumento do risco de estiagem no Sul e no Mato Grosso do Sul. No entanto, mesmo durante períodos de La Niña, eventos extremos de chuva ainda podem ocorrer, levando a enchentes e inundações.
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