O processo de limpeza, esperado há décadas pela população do Alto Vale, começou nesta segunda-feira
A longa espera por medidas eficazes para combater as frequentes enchentes em Rio do Sul parece estar finalmente se materializando. Um projeto de dragagem do rio Itajaí-Açu, que enfrentou atrasos iniciais devido a uma inundação, começou na segunda-feira e já está revelando surpresas do fundo do rio. O que deveria ser apenas lodo e sedimentos tornou-se uma exibição inesperada de artefatos domésticos, incluindo televisores e geladeiras.
O processo de limpeza, esperado há décadas pela população do Alto Vale, está sendo realizado por meio de duas retroescavadeiras montadas em balsas. A operação está prevista para acelerar com a adição de mais maquinário nas próximas semanas.
Denílson Sardá, engenheiro responsável pela obra, explica que as máquinas utilizadas têm capacidades diferentes para atender aos desafios variados do leito do rio. “Uma máquina menor lida com as áreas mais rasas e prepara o terreno, enquanto a maior atua nas profundezas, realizando uma limpeza mais intensiva,” disse Sardá.
A ordem de serviço para a dragagem foi assinada há pouco mais de um mês, mas foi adiada quando uma enchente atingiu a cidade, complicando o início das operações. O contrato emergencial estipula um prazo de seis meses para a conclusão do trabalho, que abrange um trecho significativo de 8,2 quilômetros ao longo do rio Itajaí-Açu e seus afluentes.
O secretário de Estado da Defesa Civil, Coronel Fabiano de Souza, recordou que a última grande limpeza do rio ocorreu nas décadas de 1980 após enchentes devastadoras. “Essa nova iniciativa não apenas limpa o leito do rio, mas também serve como medida preventiva contra futuras inundações,” afirmou Souza.
As expectativas são altas entre os moradores e as autoridades locais, que esperam que a dragagem não apenas minimize o risco de inundações, mas também melhore a qualidade da água e do ecossistema fluvial.
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Fonte: NSC
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