Após se comprometer com um investimento robusto de R$ 750 milhões no Brasil, a Shein, renomada no mundo da moda, reuniu a imprensa na sua matriz em São Paulo, para compartilhar as novidades desse projeto. No momento, a empresa conta com 336 fábricas parceiras, das quais 213 já atenderam ao menos uma demanda da marca. A produção nacional já ultrapassou a marca de 4 mil peças
O plano de expansão é audacioso. A meta da Shein é alcançar uma parceria com 2 mil indústrias até 2026 e consolidar a produção brasileira como central de exportações para toda a América Latina.
As fábricas associadas possuem entre 30 e 50 empregados, o que representa um contingente de aproximadamente 11 mil trabalhadores. Distribuídas em 12 estados do Brasil, com destaque para São Paulo e Santa Catarina, a intenção da Shein é que até 2026 cerca de 100 mil pessoas estejam envolvidas nesse projeto.
Fabiana Magalhães, diretora de produção local da Shein Brasil, compartilhou a visão da empresa: “Queremos desenvolver a indústria nacional”. A estratégia é que 85% das vendas realizadas em território brasileiro sejam de produtos confeccionados localmente ou comercializados por vendedores nacionais no marketplace da marca. O tamanho exato dessa participação atual ainda não foi revelado.
Magalhães, com passagens por grandes nomes como Riachuelo e Marisa, revelou que a escolha tem sido por fornecedores já consolidados com outras varejistas têxteis. O diferencial da Shein é o pagamento em até 30 dias, contrapondo-se à média do mercado que pode estender-se por até 150 dias.
A experimentação com a produção nacional teve início em setembro de 2022. Inicialmente, a operação contava com 13 fornecedores e um time enxuto de três colaboradores internos. Hoje, o panorama é bem diferente: cinco categorias de produtos, 336 fábricas e uma equipe de mais de 80 profissionais dedicados.
Em paralelo aos esforços de produzir peças no Brasil, a varejista chinesa anunciou nesta quinta que fará uma “parceria estratégica” com o Grupo SPARC Holdings II LLC, dono da empresa de moda norte-americana Forever 21, com o objetivo de “atender à demanda nos Estados Unidos e em outros países ao redor do mundo por moda acessível e de qualidade”.
Segundo o acordo, a Shein adquire uma participação de aproximadamente um terço do Grupo SPARC, em uma joint-venture que inclui os grupos Authentic Brands e Simon Property. O grupo americano, por sua vez, passa a ser um acionista minoritário da varejista.
A Shein ainda afirmou que a “parceria também espera expandir o alcance da Forever 21, levando ainda mais variedade de produtos aos clientes da Shein — marca com, atualmente, 150 milhões de usuários no site e no aplicativo”.
Também uma marca de fast fashion, a Forever 21 abriu lojas em shoppings no Brasil em 2014, mas fechou todas as unidades em território brasileiro até o ano passado, citando problemas como custos altos e concorrência considerada desleal com varejistas asiáticas, como a própria Shein.
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