Santa Catarina registrou a primeira apreensão de K9, um poderoso entorpecente sintético que causa um efeito denominado “efeito zumbi” em seus usuários. A Polícia Civil confirmou a descoberta após uma investigação iniciada na última sexta-feira (16), quando a substância foi detectada em pequenas remessas enviadas pelos Correios para a Grande Florianópolis.
Alerta: droga zumbi K9 pode estar circulando em SC, indica operação
A apreensão revelou uma estratégia inovadora empregada pelos traficantes para transportar entorpecentes sem serem pegos em flagrante: o despacho de encomendas. Estima-se que as drogas apreendidas valham cerca de R$ 300 mil.
A investigação, conduzida pela Polícia Civil, já identificou o destinatário das encomendas. A apreensão da K9 ocorreu no centro de distribuição dos Correios em São José.
A droga, que vem dominando as ruas de São Paulo e já foi apreendida em outros estados brasileiros, ainda não tinha sido detectada em Santa Catarina até esta ocasião.
Em maio, o delegado Claúdio Monteiro, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), afirmou que a situação era monitorada de perto pelos órgãos de segurança.
Apreensão
Uma operação policial apreendeu cerca de 100 porções de maconha com suspeitas de estarem modificadas com a droga perigosa conhecida como K9 – a droga zumbi – durante uma operação realizada na última quinta-feira (15).
A ação conjunta de várias forças de segurança incluiu a Polícia Civil, a Receita Federal, a Coordenadoria de Operações com Cães da Polícia Civil e a Empresa Brasileira de Correios, e resultou na apreensão de uma grande quantidade de drogas em Santa Catarina, causando um prejuízo estimado em R$ 300.000 para a rede criminosa.
As drogas descobertas já estavam preparadas e embaladas para venda. Foram apreendidos 2.500 comprimidos de ecstasy, 1 quilo de cocaína, 100 gramas de haxixe e 50 gramas de crack, além de uma arma de fogo antiga e 100 porções de maconha, que se suspeita estarem modificadas com a droga conhecida como K9. A confirmação desta última suspeita ainda está pendente de comprovação pela polícia científica.
Droga zumbi
Originadas em laboratórios nos anos 1980, as drogas K baseiam-se em canabinoides sintéticos. A K9, em particular, pode ser consumida de várias formas, incluindo papel borrifado com a substância, inalação direta, mistura em ervas para fumar ou como sais para inalar.
Os efeitos da K9 são variados e perigosos. Além da dependência, a droga tem um alto potencial para aumentar a depressão, acelerar a frequência cardíaca, provocar paranoias, alucinações, convulsões e, em alguns casos, pode levar à morte.
As chamadas drogas K, que surgiram em laboratórios no início dos anos 2000, têm como base os canabinoides sintéticos. Porém, a referência a essas substâncias como “maconha sintética” é tecnicamente incorreta. Segundo os especialistas, o canabinoide sintético interage com os mesmos receptores cerebrais que a maconha comum, mas com uma potência até 100 vezes maior.
A respeito disso, o médico psiquiatra Harif Bakri disse: “Os efeitos dessas substâncias estão falando por si. Efetivamente, não se trata da maconha orgânica e os elementos não devem ser confundidos.”
A farmacóloga e mestre em farmácia, Maéli Civa, também ressalta que os efeitos dessas substâncias são potencializados devido à mistura com plantas alucinógenas e outras drogas sintéticas, como o ecstasy. Isso faz com que os efeitos sejam extremamente potentes e duradouros.
Harif, alerta que a disseminação do termo “supermaconha” para se referir às drogas K pode ter sido uma estratégia de traficantes para atrair usuários de maconha para a nova droga. “Quem faz uso da planta pode pensar que se trata de uma substância mais prazerosa, mas são compostos deletérios que podem levar à morte”, afirmou.
Com informações de: Correio do Povo e G1
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