Santa Catarina registrou nesta sexta-feira (2) uma taxa de ocupação de 96,13% nos leitos de UTI adulto da rede pública. Os dados são do Cieges SC (Centro de Informações Estratégicas para a Gestão do SUS) e apontam que, dos 957 leitos ativos no estado, 920 estão ocupados.

Das oito macrorregiões catarinenses, cinco apresentam ocupação acima de 95% — índice classificado como alerta máximo no painel oficial. A Foz do Rio Itajaí, que abrange cidades como Itapema, Bombinhas e Balneário Camboriú, chegou a 100% de ocupação. Também estão em vermelho no mapa o Oeste (97,10%), Planalto Norte (95,71%), Vale do Itajaí (98,77%) e Grande Florianópolis (97,39%).

A chegada do frio e o avanço das doenças respiratórias agravam o cenário. A Prefeitura de Florianópolis declarou estado de emergência na noite de quinta-feira (1º), após registrar mais de 400 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O decreto autoriza medidas emergenciais por 180 dias para conter o avanço da crise.

De acordo com o município, entre janeiro e abril deste ano, os atendimentos pediátricos por doenças respiratórias aumentaram 84,59%. Já os atendimentos clínicos adultos cresceram 42,55% no mesmo período. A rede hospitalar também enfrenta superlotação, forçando ações rápidas para ampliar a resposta no sistema público de saúde.

Além das regiões em alerta máximo, outras três também apresentam índices elevados: Serra Catarinense (90,99%), Meio-Oeste (94,74%) e Sul (94,57%). A recomendação das autoridades é que a população busque atendimento em unidades básicas de saúde nos casos leves e adote medidas preventivas contra infecções virais, como uso de máscaras em ambientes fechados e higiene frequente das mãos.

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