A segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, foi invadida pelos militares russos neste domingo (27). No local, exército russo e ucraniano travaram uma batalha intensa. Em Kiev, a pressão continua com bombardeios, mas não há sinais de uma ofensiva total contra o centro da capital.
Já na noite de sábado houve movimento grande de blindados, tanques e obuseiros autotransportados pela fronteira na região de Belgorod, prenunciando um cerco e invasão. Um gasoduto na região foi explodido, mas não há ainda uma avaliação do impacto do ataque.
“Estamos resistindo ao inimigo”, disse a conta de Facebook da prefeitura local. Se Kharkiv e seus 1,4 milhão de habitantes estiverem em mãos russas, isso pode facilitar o reforço das operações em Kiev, a oeste, e cortará uma linha importante entre as forças ucranianas que operam nas antigas fronteiras da chamada linha de contato, que a separava dos rebeldes do Donbass.
Ao mesmo tempo, os russos tomaram cidades nos arredores de Kherson, cidade cerca de 500 km ao sul de Kharkiv. Se a conquistarem, poderão “fechar” uma linha cruzando o país, espremendo forças ucranianas entre ela e o Donbass.
Nas áreas separatistas, os ucranianos mantêm sua campanha de bombardeios. Nesta noite, atingiram outro depósito de combustível, na cidade de Rovenki. A TV russa também mostrou imagem de vários danos em áreas residenciais da localidade, embora não haja notícia de vítimas.
Na capital, a madrugada foi de ataques em torno da cidade. Um grande depósito de petróleo de uma base aérea de Vasilkiv, a sudeste de Kiev, foi atingindo, pintando o céu noturno de laranja à distância.
Presidente da Ucrânia rejeita negociar rendição
O quarto dia da campanha de Vladimir Putin contra a Ucrânia também registra uma movimentação diplomática, após o Ocidente ter elevado o grau de punição a Moscou ao anunciar o início da desconexão de alguns bancos russos do sistema internacional de transferências financeiras. No fim da manhã (madrugada no Brasil), o Kremlin anunciou que uma delegação havia sido enviada para Gomel, cidade na Belarus a 40 km da fronteira ucraniana.
“Estaremos prontos para começar negociações’, disse o porta-voz de Putin, Dmitri Peskov.
Por enquanto, o governo de Volodimir Zelenski rejeita a iniciativa, presumivelmente porque o que Moscou quer é uma rendição. Em um pronunciamento, o presidente disse que seria possível conversar em Belarus se os russos não tivessem usado a ditadura aliada como uma das bases para seu ataque – justamente contra Kiev, a menos de 200 km da fronteira sul belarussa.
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