Uma professora de artes foi demitida de uma escola municipal em Praia Grande, litoral de São Paulo, após beijar um aluno de 14 anos do 9º ano do ensino fundamental. A revelação do incidente veio à tona quando a professora descreveu o ocorrido em mensagens de texto enviadas a outra aluna, mencionando inclusive a intenção de manter relações sexuais com o estudante.
Conforme as informações coletadas pelo g1, o caso aconteceu após a professora e o estudante, acompanhado de um amigo, terem se encontrado casualmente e ido a um mercado. Posteriormente, a professora teria sido levada para casa pelo aluno, onde o beijo ocorreu. A conversa entre a professora e a aluna foi posteriormente denunciada à direção da escola pela mãe da estudante que recebeu as mensagens.
Depois que o episódio veio a público, tanto o aluno envolvido na troca de mensagens quanto um amigo seu começaram a sofrer ameaças de outros colegas na escola. Estas ameaças escalaram para violência física, resultando em três alunos agredindo o amigo da aluna, incluindo o estudante que beijou a professora. O adolescente agredido precisou de atendimento hospitalar devido às lesões sofridas.
A Prefeitura de Praia Grande, por intermédio da Secretaria de Educação (Seduc), comunicou que a professora foi desligada por má conduta e ressaltou que a direção da escola comunicou o episódio ao conselho tutelar. A situação levantou preocupações sobre a segurança e o bem-estar dos estudantes dentro do ambiente escolar.
De acordo com o advogado Ariel de Castro, que possui expertise em direitos da infância e da juventude, a professora pode ser investigada por assédio sexual, sobretudo se for comprovado que ela utilizou sua posição de autoridade para influenciar o aluno. Este caso sublinha a necessidade de um olhar atento às relações entre professores e alunos e reforça a importância da ética profissional no ambiente educacional.
Ameaças, agressões e internação
Em Praia Grande, uma situação de violência escolar escalou rapidamente para ameaças e agressão, resultando na internação de um estudante. A empresária e mãe do aluno agredido relatou que, após uma denúncia contra uma professora da escola, seu filho e uma colega foram cercados por um grupo de alunos, incluindo o adolescente envolvido no incidente com a professora. Conseguindo refugiar-se na escola, a situação parecia controlada até que o jovem foi violentamente atacado perto de sua casa, em uma ação premeditada por três colegas.
A mãe do aluno relata que após a denúncia, a professora teve acesso ao nome da autora, o que desencadeou as ameaças e subsequentemente a agressão. A situação levou a mãe a acionar a Guarda Civil Municipal e a registrar um boletim de ocorrência. Apesar das medidas de segurança, o aluno sofreu ameaças contínuas e acabou sendo agredido.
O adolescente foi atacado com chutes e socos, sendo socorrido apenas quando uma vizinha interveio. Apresentando ferimentos, ele foi encaminhado ao Instituto Médico Legal. Três dias após o episódio de violência, começou a sentir dores abdominais e uma investigação médica revelou um hematoma interno decorrente da agressão. Desde sexta-feira, o jovem está hospitalizado e ainda não há previsão de alta.
A mãe desabafou sobre a gravidade da situação, citando ameaças de morte contra seu filho e expressando revolta e indignação. Ela interpreta os comentários dos agressores como uma clara ameaça à vida de seu filho.
A Prefeitura de Praia Grande se manifestou sobre o incidente, expressando pesar pelas agressões sofridas pelo aluno e reiterando que não tolera tais comportamentos. Como resposta, o município anunciou que implementará ações educativas para conscientizar os estudantes e prevenir futuros incidentes semelhantes.
A CPI, instaurada para investigar a denúncia original, segue em andamento, enquanto a comunidade escolar e as famílias lidam com as consequências do acontecimento que afetou profundamente a segurança e o bem-estar dos estudantes.
Denúncia encaminhada
A mãe do estudante agredido em Praia Grande procurou a direção da escola em busca de respostas sobre as medidas adotadas após o incidente. Ela foi informada que os pais dos alunos envolvidos, incluindo o jovem que teria recebido um beijo da professora, ainda não haviam sido notificados pela direção sobre o ocorrido.
Thiago Rodrigues, advogado do aluno agredido, comunicou que planeja apresentar uma denúncia ao Ministério Público para que seja averiguada a conduta tanto da professora quanto da direção da escola. Além disso, haverá um inquérito policial específico para investigar as agressões sofridas pelo estudante.
O advogado ressaltou a necessidade de a diretora ter agido com mais diligência, verificando as alegações e protegendo os estudantes envolvidos, especialmente considerando a posição vulnerável do menor.
A Polícia Civil, por sua vez, confirmou que está investigando o caso no 3º Distrito Policial de Praia Grande. Estão sendo feitas diligências para chamar todos os envolvidos a prestar depoimento e esclarecer completamente o que aconteceu. A polícia também mencionou que detalhes do caso estão sendo mantidos em sigilo, visto que envolve um menor de idade.
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Fonte: g1
Sobre o autor:
Redação Visor Notícias
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