A Polícia Civil do Rio Grande do Sul divulgou trechos de escritos deixados por uma mulher de 42 anos, que colocou arsênio em um bolo para envenenar a família. As anotações foram apresentadas junto à conclusão da investigação, que confirmou a suspeita como responsável pela morte de quatro pessoas por envenenamento.
Nos textos escritos antes de sua morte na prisão, a mulher menciona o conflito com a sogra, considerada seu principal alvo. Em um dos trechos, a mulher escreveu: “Muito obrigado por esses 20 anos que fez da minha vida de casado um inferno”. Em outra passagem, expressa ressentimento ao dizer: “Mais uma vez eu sou a vilã e você é a mocinha. Conseguiu ficar com tudo que é meu, minha família, minha casa”. Apesar disso, também menciona carinho por outras pessoas da família, como seu sogro.
A investigação apontou que a mulher teria colocado arsênio na farinha da casa da sogra, sem que ela percebesse. Ao utilizar o ingrediente no preparo de um bolo, a sogra acabou intoxicando outras pessoas. O envenenamento, ocorrido em dezembro de 2023, na cidade de Torres, resultou na morte das irmãs, além da filha.
O sogro da mulher também foi vítima, mas faleceu três meses antes do episódio do bolo. A polícia revelou que ele ingeriu leite em pó contaminado, o que só foi constatado posteriormente. Apesar da gravidade do caso, duas pessoas sobreviveram: a sogra, que recebeu alta hospitalar em janeiro de 2024, e uma criança de 10 anos, que também consumiu o bolo.
Durante coletiva de imprensa, o delegado Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil, afirmou que a mulher agiu sozinha e que, com sua morte no presídio de Guaíba, o caso foi arquivado por extinção de punibilidade.
Com informações do portal Terra.
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