Na manhã de terça-feira (22), a Polícia Civil de Santa Catarina em Balneário Piçarras desencadeou a Operação ‘Castelo de Areia’, atendendo a nove mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva relacionados a um esquema de estelionato imobiliário. A operação identificou práticas de venda de um único imóvel para múltiplas pessoas, totalizando mais de R$ 10 milhões em fraudes. As informações são de Jornal Comércio.
Os mandados foram distribuídos em diversas cidades, incluindo Blumenau, Joinville e São Francisco do Sul. A investigação da PC/SC apontou que, em alguns casos, o mesmo apartamento foi vendido para até cinco compradores diferentes. A motivação dessa organização, segundo a polícia, era enganar múltiplas vítimas e ocultar o dinheiro proveniente dos golpes.
O líder dessa rede criminosa, que mantinha um escritório no bairro Itacolomi, tinha histórico de fraudes em transações imobiliárias. Uma vítima relatou ao Jornal do Comércio a compra de uma casa e um terreno do grupo. No entanto, ao tentar ocupar a residência, se deparou com outra família já no local.
Os envolvidos, inclusive com vínculos familiares entre si, enfrentam acusações como estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Enquanto dois foram presos, os outros receberam medidas cautelares, como monitoramento eletrônico e proibição de contato com as vítimas.
De acordo com a PC/SC, os lucros obtidos por esse grupo superam R$ 10 milhões. Foram confiscados até agora doze imóveis e veículos. Esses bens, juntamente com contas bancárias e outros imóveis dos suspeitos, foram bloqueados e ficarão à disposição das vítimas para eventual compensação.
A operação foi executada com a colaboração da Divisão de Investigação Criminal de Itajaí, do Setor de Investigação da PC/SC, da 2ª Delegacia de Polícia de Blumenau e da Comarca de São Francisco do Sul.
Situação teria vindo à tona em 2022
Um aposentado, morador de Balneário Piçarras, denunciou a venda de apartamentos em duplicidade por uma construtora da região já em 2022. Segundo informações divulgadas pelo DIARINHO, o homem de 64 anos e sua esposa tornaram-se vítimas dessa prática após a compra de um imóvel no bairro Itacolomi, em 2021.
A esperança de se mudar para a nova casa foi postergada. Prometido para outubro de 2021, o apartamento não foi entregue na data acordada. A justificativa da construtora para tal atraso era a espera pelo Habite-se. Contudo, uma inspeção feita pelo próprio aposentado meses depois mostrou que a construção ainda não havia sido finalizada.
A saga do aposentado ganhou novos capítulos em 2022. Diante da prolongada espera, ele buscou auxílio jurídico e foi aí que se deparou com uma descoberta alarmante: seu apartamento havia sido vendido para outra pessoa. E o que é mais preocupante: a prática parecia ser recorrente no empreendimento.
Os indícios de irregularidades não pararam por aí. Imobiliárias locais, segundo o aposentado, na época, imobiliárias locais seguiram ofertando unidades do mesmo residencial.
Na época, os responsáveis pela construtora teriam desaparecido. Tentativas da justiça em intimá-los teriam sido em vão. Em pesquisa, foi identificado que não é era o aposentado que buscava justiça: há 19 processos em curso contra a construtora, majoritariamente relacionados à venda de imóveis, teriam sido encontrados.
Conforme a Lei de Abuso de Autoridade de 2019, os detalhes e identidades dos suspeitos ou presos não foram divulgados à imprensa ou em redes sociais.
Clique aqui para entrar no nosso grupo do WhatsApp e fique sempre bem informado.
⚠ ATENÇÃO: Caso não esteja conseguindo clicar no link das notícias, basta adicionar um administrador do grupo em sua lista de contatos.
Clique aqui para entrar no nosso grupo do WhatsApp e fique sempre bem informado.
⚠ ATENÇÃO: Caso não esteja conseguindo clicar no link das notícias, basta adicionar um administrador do grupo em sua lista de contatos.