Cinco pessoas foram presas em Santa Catarina durante uma operação que investiga um golpe bilionário de falsos investimentos que teria vitimado mais de 20 mil pessoas em todo o país. O grupo suspeito, composto por três mulheres e dois homens, é acusado de levar uma vida de luxo na região litorânea do estado com o dinheiro obtido através do esquema. As informações são do g1.
Segundo as informações reveladas, os suspeitos, todos com menos de 40 anos e com famílias estabelecidas, são originalmente do Rio Grande do Sul. Eles teriam migrado para Santa Catarina, conforme revelou a operação, que foi iniciada no estado sulista na semana passada.
A Operação Trapaça, como foi denominada a ação policial, foi liderada pelo delegado Heleno dos Santos. Ele indicou que os suspeitos presos utilizavam as redes sociais para promover suas falsas aplicações financeiras.
Foto: Imagens cedidas pela polícia/g1
As investigações revelaram a existência de diversas contas bancárias em paraísos fiscais, com valores superiores a R$ 1 bilhão. A polícia suspeita que o dinheiro também foi investido em imóveis de luxo, embora o valor total dos bens apreendidos e congelados ainda não tenha sido divulgado.
O esquema foi descoberto e começou a ser desmantelado na semana passada, com 79 ordens judiciais executadas em três estados. Além dos cinco presos em Santa Catarina, mais três foram detidos no Rio Grande do Sul e um em São Paulo.
Grupo descoberto
“De início, a maioria delas é daqui da região de Santo Antônio das Missões [RS] e acabaram enriquecendo com o sistema e mudaram aí para a região de Itapema, Balneário Camboriú e essa região. Transferiram a residência para aí e estavam vivendo uma vida dos sonhos, de luxo. Muito dinheiro, carro novo, apartamento novo”, disse o delegado Santos.
Em Camboriú, no Litoral Norte, um homem identificado como parte do esquema foi detido. Antes, ele trabalhava como açougueiro no estado gaúcho e foi preso com R$ 8 mil em espécie. Seu carro também foi apreendido durante a operação.
A operação se estendeu além das prisões no Estado, com mandados executados em Tijucas, Porto Belo, Balneário Camboriú, São Lourenço do Oeste e Itapema. No Rio Grande do Sul, os mandados foram centralizados em Santo Antônio das Missões. Também foram cumpridos mandados em três endereços de São Paulo.
Na sexta-feira (21), o delegado deve concluir a investigação e indiciar os suspeitos. Atualmente detidos sob custódia temporária, o grupo deve responder por crimes contra a economia popular, lavagem de dinheiro, organização criminosa e estelionato.
Entenda o esquema fraudulento
De acordo com o Delegado Santos, vítimas do golpe procuraram a Polícia Civil após serem atraídas por uma empresa que oferecia investimentos no mercado de ações com promessas de altos retornos financeiros.
Os estelionatários operavam através de grupos virtuais de ‘investimentos financeiros’ supostamente lucrativos, sob o disfarce de uma plataforma digital de investimentos online chamada ‘gênesis.net’. Este nome era uma cópia parcial de uma empresa legítima, ‘Gênesis Investimentos’, que não tem qualquer envolvimento na investigação e opera de forma regular no mercado de investimentos, explica Santos.
A vítima era persuadida a baixar o aplicativo “genesis.net” em seu telefone celular e cadastrar seus dados pessoais. Após isso, recebia um link para entrar em grupos de WhatsApp, onde era orientada sobre como investir. Os golpistas pressionavam as vítimas a fazer investimentos de forma rápida, alegando terem “informações privilegiadas” sobre períodos ideais e frequentemente curtos para “investimentos altamente rentáveis”.
Os recursos que supostamente seriam alocados para os investimentos eram na verdade desviados para contas dos criminosos, principalmente no exterior. Eles se esforçavam para fazer as transações parecerem seguras, utilizando sites e aplicativos aparentemente confiáveis. A polícia suspeita que eles tenham criado pelo menos três empresas de fachada para facilitar o desvio do dinheiro obtido.
Os suspeitos foram identificados após exibirem seus ganhos ilícitos em perfis de redes sociais, utilizando estas plataformas para convencer outras pessoas a “investir” no esquema fraudulento.
Santos aponta que as polícias de Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins já estão investigando possíveis ramificações do golpe nesses estados.
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Fonte: g1
Sobre o autor:
Redação Visor Notícias
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