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Economia

Petrobras muda política de preços: entenda como isso impacta no valor do combustível

O fim da paridade internacional na política de preços dos combustíveis foi anunciado em maio pelo presidente da estatal

Imagem mostra frentista abastecendo gasolina
Foto: Secom/Divulgação

A Petrobras, sob a liderança de seu presidente, Jean Paul Prates, tem alterado a política de preços dos combustíveis. Em uma decisão recente, a estatal brasileira decidiu abandonar o PPI (Preços de Paridade de Importação), um sistema que vinculava os preços de combustíveis domésticos aos do mercado internacional.

Ainda não está claro como os preços serão definidos após essa mudança, particularmente à luz dos cortes de produção de petróleo planejados pela Arábia Saudita, que podem pressionar os preços globais do petróleo.

A política de preços dos combustíveis tem sido um tópico quente no Brasil, com a Petrobras mudando recentemente seu sistema. A empresa anunciou o fim do Preços de Paridade de Importação (PPI), que costumava vincular os preços internos de combustível aos preços praticados no mercado internacional.

Os detalhes sobre como a empresa planeja definir preços no futuro ainda são escassos. No anúncio, a Petrobras afirmou que “os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida”, com a intenção de “evitar o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.

No entanto, há uma previsão de aumento do preço do petróleo no mercado internacional devido a cortes na produção de petróleo pela Arábia Saudita a partir de julho. Este movimento é parte de um acordo mais amplo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para limitar a produção, o que poderia levar a uma pressão ascendente nos preços do petróleo em todo o mundo.

A Petrobras pode ser desafiada por essas mudanças, com a possibilidade de preços defasados de combustível no Brasil, levando a estatal a arcar com o prejuízo. Com o preço médio de revenda da gasolina no Brasil atualmente em R$ 5,21, qualquer aumento significativo nos preços internacionais do petróleo pode ter um impacto direto na empresa.

Ainda há opiniões divergentes sobre a viabilidade da nova política de preços da Petrobras. Rodrigo Saraiva, membro do conselho administrativo do Instituto Mises Brasil, argumenta que a estatal pode enfrentar prejuízos significativos se não acompanhar o mercado internacional.

Por outro lado, Felipe Coutinho, vice-presidente da Aepet, defende que a Petrobras pode manter lucratividade e rentabilidade com preços abaixo dos paritários de importação (PPI) devido aos seus baixos custos.

Reajustes com periodicidade definida

Os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio. A Petrobras reforça seu compromisso com a geração de valor e com sua sustentabilidade financeira de longo prazo, preservando a sua atuação em equilíbrio com o mercado. Por questões concorrenciais, a Petrobras não antecipa suas decisões sobre manutenção ou reajustes de preços”.

O que era o PPI

O PPI era a política que atrelava os preços dos combustíveis repassados pela Petrobras à cotação desses produtos no mercado internacional.

Ou seja, se o óleo encarece ou o dólar (a principal moeda no exterior) se valoriza em relação ao real, a estatal dava a ordem, em forma de reajuste, para que fique mais caro encher o tanque no Brasil.

Ela foi implementada em 2016 pelo então presidente da companhia, Pedro Parente. Ele foi indicado ao cargo pelo chefe do Executivo da época, Michel Temer.

O PPI era criticado por economistas e políticos mais à esquerda. Felipe Coutinho, por exemplo, assim classifica a ferramenta:

“Inédita, arbitrária e lesiva ao interesse nacional, desde sua criação. O anúncio do fim dessa política de preços precisa corresponder à prática para ter nosso reconhecimento”.

Já figuras à direita elogiavam a medida. Para elas, o PPI era o que impedia a Petrobras de arcar com o prejuízo na venda dos combustíveis.

“Ou nós pagamos o preço da gasolina, ou nós vamos pagar para resolver a dívida da Petrobras, assim como fizemos no passado”, avalia Rodrigo Saraiva.

Fonte: ND+

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Fonte: Visor Notícias

Sobre o autor:
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