As micro e pequenas empresas de Santa Catarina registraram no terceiro trimestre de 2024 o melhor desempenho de vendas dos últimos cinco anos, de acordo com um estudo divulgado pelo Sebrae SC. Mais de 60% dos empresários relataram aumento nas vendas durante o período, o maior percentual desde 2019 e o melhor resultado para um trimestre desde a reabertura econômica após a pandemia.

Conforme o levantamento, 60,8% dos micro e pequenos negócios registraram alta no faturamento, sendo que 32,3% observaram um crescimento de até 10%, enquanto 28,5% reportaram aumentos acima desse patamar. A média de variação positiva entre o segundo e o terceiro trimestre foi de 4,6%. Por outro lado, 20,1% dos entrevistados relataram queda nas vendas e 19,1% permaneceram estáveis.

O setor de serviços liderou o crescimento, com 65% dos empresários apontando alta no faturamento, seguido pelo comércio (60,3%) e pela indústria (52,7%). Entre os portes, os Microempreendedores Individuais (MEIs) foram os mais beneficiados, com 67,9% relatando aumento nas vendas, seguidos por Microempresas (59,3%) e Pequenas Empresas (55,2%).

O governador Jorginho Mello destacou a cultura empreendedora de Santa Catarina. “O catarinense gosta de trabalhar e aproveitar oportunidades. É por isso que temos um ambiente favorável ao empreendedorismo, um estado seguro e com resultados sólidos”, afirmou.

O secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck, reforçou o papel de programas como o Pronampe SC e o Juro Zero no estímulo à competitividade dos pequenos negócios. “Essas iniciativas têm sido essenciais para fortalecer nossa economia e garantir oportunidades de crescimento”, pontuou.

A pesquisa mostrou que 65,4% das empresas realizaram vendas pela internet no período, utilizando principalmente o Instagram (77,8%), WhatsApp (67,5%) e Facebook (39,8%). Plataformas como e-commerce, marketplaces e TikTok também contribuíram para impulsionar as vendas.

Apesar do aumento no faturamento, a pesquisa identificou uma queda nos investimentos. Enquanto 37,3% dos empresários investiram no segundo trimestre, o número caiu para 35,5% no terceiro trimestre, indicando que ainda há cautela em relação a novos aportes.

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