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Operação Venefica indicia 21 pessoas por crimes à saúde envolvendo coach de emagrecimento

Inquérito policial, que contém mais de mil páginas, já foi enviado à Justiça e deu origem a mais três novas investigações; Clientes chegaram a ser hospitalizados após consumo de medicamentos ilegais

imagem mostra carros da polícia civil
Foto: Polícia Civil/Divulgação

Um inquérito policial, finalizado na última quarta-feira (13), indiciou 21 pessoas, incluindo um conhecido coach de emagrecimento, por diversos crimes relacionados à saúde. O grupo, acusado de prescrever medicamentos com receitas falsas e fórmulas adulteradas, pode responder por até sete diferentes crimes. O documento, que contém mais de mil páginas, já foi enviado à Justiça e deu origem a mais três novas investigações.

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O inquérito policial mira dono de uma clínica de emagrecimento e coaching e outros profissionais das áreas de nutrição, medicina, biomedicina e farmácia, além de pessoas do setor administrativo dos estabelecimentos investigados. Todos os envolvidos são suspeitos de uma série de crimes, variando de corrupção a lavagem de dinheiro.

As acusações listadas no inquérito incluem falsificação e adulteração de produtos com fins terapêuticos ou medicinais, crimes contra relações de consumo, omitir informações perigosas em rótulos de produtos, falsidade ideológica e integração em organização criminosa.

Segundo o delegado Neto Gattaz, que lidera a investigação, 31 pessoas foram interrogadas, entre suspeitos, vítimas e testemunhas. Originalmente, 13 pessoas tinham sido presas na Operação Venefica, incluindo a mãe do coach.

Atualmente, oito dos indiciados ainda estão em prisão preventiva, enquanto os outros cumprem medidas cautelares como uso de tornozeleira eletrônica e prisão domiciliar.

Durante a investigação, várias vítimas testemunharam que lhes foram prescritos medicamentos controlados e substâncias anabolizantes sem qualquer consulta médica. Os medicamentos eram adquiridos com receitas que nunca tiveram o aval de um médico que efetivamente viu o paciente.

Este caso abre caminho para outras três investigações que focam em clínicas de luxo e profissionais de diferentes áreas da saúde, conforme informações do delegado Neto Gattaz.

Lucros Inflados: O superfaturamento de medicamentos no esquema de saúde ilegal

Uma nova faceta do esquema ilegal liderado pelo coach foi revelada durante as investigações da Polícia Civil: o superfaturamento de medicamentos. O coach, após sua prisão em 2017, refinou seu método criminoso formando parcerias com profissionais da saúde para prescrições e aplicações indevidas de anabolizantes, emagrecedores e fitoterápicos.

Segundo o Ministério Público, Francisco frequentemente formulava seus próprios medicamentos sem embasamento científico, já que não tem formação na área. Essas drogas eram, em sua maioria, adquiridas de forma clandestina em outros países. As investigações também apontam que farmácias de manipulação envolvidas estavam cientes de que os medicamentos eram alterados.

O delegado Neto Gattaz revela que a maior fonte de receita da organização criminosa era justamente a venda desses medicamentos. Para aumentar os lucros, os preços eram inflacionados. Em algumas situações, o rótulo da receita nem sequer era utilizado, ou a quantidade do composto ativo no medicamento era menor do que a prescrita.

Segundo o investigador, os medicamentos vendidos pelas clínicas dele eram superfaturados em cerca de 30%. Um remédio que normalmente custaria entre R$ 60 e R$ 70 em outras farmácias era vendido por até R$ 300 na clínica. O superfaturamento, portanto, torna-se mais um ponto de atenção em um caso já complexo e multifacetado.

Onda de fechamentos: cinco clínicas e duas farmácias na mira da polícia

Além do indiciamento de 21 pessoas por diversos crimes, o inquérito contra o esquema de saúde ilegal liderado pelo coach levou ao fechamento temporário de cinco clínicas e duas farmácias. As unidades da clínica em Joinville e Balneário Camboriú foram interditadas, juntamente com outros estabelecimentos ligados aos investigados, descritos como “pupilos” do suspeito.

Em Joinville, além da clínica do suspeito, outras clínicas foram fechadas: uma no bairro América, e outra no bairro Boa Vista, e uma clínica de Medicina Personalizada no Centro da cidade. As duas primeiras foram fundadas por ex-funcionárias do famoso coach que abriram seus próprios negócios ilegais.

Em Balneário Camboriú, a uma das clínicas, de propriedade da ex-esposa do coach, também foi interditada pela Vigilância Sanitária estadual. Duas farmácias de manipulação, uma em Balneário Camboriú, e uma em Itapema, foram igualmente fechadas.

O delegado Neto Gattaz afirmou que ainda é cedo para determinar o número exato de vítimas envolvidas no esquema. Contudo, uma fonte que trabalhava em uma das clínicas alega que o estabelecimento atendia até 40 pessoas por dia, sugerindo que o impacto possa ser extenso.

Quanto aos medicamentos apreendidos, mais de 50 substâncias estão atualmente sob análise da Polícia Científica de Joinville. O objetivo é identificar os produtos usados nas formulações ilegais, especialmente porque alguns clientes foram hospitalizados após o consumo desses remédios.

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Fonte: Visor Notícias

Sobre o autor:
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