Em um cenário já conturbado pelas tensões entre Israel e o Hamas, além das desavenças entre Ucrânia e Rússia, Paris enfrentou um momento de alerta máximo neste sábado (14). O renomado Museu do Louvre foi evacuado às pressas devido a uma ameaça de ataque terrorista.

Segundo informações da imprensa local, a decisão de evacuar surgiu após a instituição receber uma mensagem escrita alertando sobre a presença de uma bomba. Esta ameaça levou à rápida evacuação de aproximadamente 15 mil visitantes. Em comunicado divulgado em suas redes sociais, o museu informou: “Por questões de segurança, o museu do Louvre fecha suas portas hoje, sábado, 14 de outubro. As pessoas que marcaram uma visita hoje serão reembolsadas”.

Famoso mundialmente, o Museu do Louvre é a casa de obras-primas inestimáveis e atraiu, somente em 2022, quase 8 milhões de turistas, consolidando-se como um dos destinos mais visitados em todo o mundo.

No mesmo dia da ameaça, a presidência francesa declarou que intensificará sua presença militar no território, deslocando até 7.000 soldados da operação Sentinelle até a próxima segunda-feira (16). Esta medida visa a aumentar a segurança, dada a sequência de ataques jihadistas no país desde 2012, que somam 272 mortes e cerca de 1.200 feridos, com ênfase nos anos de 2015 e 2016.

Esta evacuação surge em um contexto já delicado, uma vez que, na sexta-feira (13), o país ficou em choque com o assassinato de um professor por um aluno checheno, caso que está sendo investigado como um possível ataque terrorista islâmico. A polícia deteve outras oito pessoas relacionadas ao incidente, incluindo familiares e conhecidos do acusado.

Em um cenário mais amplo, o acirramento do conflito entre Israel e Palestina preocupa especialistas brasileiros. Lia Valls, economista e especialista em comércio exterior, mencionou em entrevista que o Brasil pode ser indiretamente afetado, pois as mudanças geopolíticas e possíveis sanções na região podem comprometer as exportações do país.

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