A morte do surfista Ricardo dos Santos, conhecido como Ricardinho, completou 10 anos nesta segunda-feira (20). A homenagem ocorreu na Guarda do Embaú, em Palhoça, onde o atleta cresceu e foi assassinado. Parentes e amigos se reuniram na praia e no Rio da Madre, vestindo camisetas com mensagens de paz, amor e justiça.
Ricardinho, então com 24 anos, foi morto a tiros por um ex-policial, após uma discussão. O PM, que estava de férias, foi condenado a 22 anos de prisão em 2016 por homicídio qualificado.
“Lembranças vêm como furacão”, diz mãe
Luciane dos Santos, mãe de Ricardinho, compartilhou a dor da perda. “As lembranças desse dia são nítidas e dolorosas, mas tentamos substituí-las pela gratidão dos momentos lindos que ele nos deixou”, afirmou.
Ricardinho era reconhecido pela habilidade em ondas tubulares, com títulos internacionais, como o Wave of the Winter. Aos 12 anos, disputou seu primeiro campeonato estadual e, em 2013, eliminou Kelly Slater no Taiti, consolidando-se como uma referência do esporte.
Relembrando o crime
Ricardinho foi baleado em 19 de janeiro de 2015, após pedir que o policial retirasse um carro estacionado sobre um cano em frente à casa da família. Durante a discussão, o ex-PM disparou três vezes contra o surfista. O atleta passou por quatro cirurgias, mas não resistiu.
O réu foi condenado por homicídio qualificado e dirigir embriagado. Inicialmente, cumpriu pena em regime fechado, mas a sentença foi reduzida em 2017. Após descumprir medidas cautelares, voltou ao regime fechado.
A cerimônia desta segunda-feira reforçou a mensagem de justiça e o legado de Ricardinho, cuja trajetória continua inspirando o surf mundial.
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