O médico sanitarista Dr. Rodrigo Emydio, atuando na Secretaria de Saúde de Balneário Camboriú, abordou a recente incidência de casos de escabiose em unidades de ensino municipais, esclarecendo que não há evidências que liguem diretamente o uso de ivermectina com o surto. Segundo ele, embora exista uma suspeita de resistência do ácaro causador da escabiose à ivermectina, a cidade não promoveu o uso de “kits Covid” contendo o medicamento. Dr. Rodrigo enfatizou que a transmissão do parasita está confinada a um grupo específico e geograficamente delimitado dentro do ambiente escolar.

A cidade de Balneário Camboriú, através das Secretarias de Saúde e Educação, tem tomado medidas proativas para monitorar e controlar a situação, realizando uma verificação rigorosa para identificar novos casos na rede municipal de ensino. Atualmente, aulas nos Núcleos Sementes do Amanhã e Rio das Ostras permanecem suspensas, enquanto as unidades passam por higienização completa. Apesar da notificação de três novos casos de escabiose nesta segunda-feira, duas unidades educacionais mantiveram suas aulas, visto que os casos foram considerados isolados.

Para prevenir a propagação da escabiose e informar a comunidade escolar, a Secretaria de Educação desenvolveu material educativo em colaboração com a Secretaria de Saúde. Este material visa conscientizar os pais sobre as medidas preventivas contra a doença. As autoridades de saúde também continuam a monitorar a situação nas Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Pronto Atendimento, reforçando a necessidade de mais pesquisas para confirmar qualquer relação entre a resistência do ácaro e o uso de ivermectina, como indicado pelo Dr. Rodrigo.

Recomendações para a comunidade escolar:

• Familiar e pessoas próximas sa pacientes com diagnóstico positivo devem procurar o médico para o tratamento específico;
  Lavar as roupas de banho e de cama com água quente;
• O paciente com diagnóstico positivo deve ficar em casa, enquanto durar a infestação;
• Lembre sempre de lavar constantemente as mãos;
• Manter o ambiente escolar sempre bem arejado e limpo;
• Orientar os pais para que comuniquem a escola no caso de confirmação do diagnóstico;
• Realizar a limpeza dos objetos manipulados pela criança doente com água e sabão e posteriormente com álcool 70%, a fim de evitar a contaminação de outras crianças;
• Permitir o retorno da criança após avaliação do serviço de saúde;
• Comunicar a Unidade Básica de Saúde.

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