Na última quinta-feira (10) mais de 60 pinguins, em sua maioria em avançado estado de decomposição, foram encontrados mortos na areia da praia de Bombinhas, localizada na região do litoral Centro-Norte de Santa Catarina. O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) está investigando a causa, mas acredita-se que a chamada “síndrome do pinguim encalhado”, ocasionada por desidratação, desnutrição e hipotermia, seja a principal suspeita.
Estes pinguins-de-Magalhães, resgatados pela Unidade de Estabilização de Animais Marinhos da Univali, são conhecidos por sua longa migração desde a Patagônia Argentina até a costa brasileira durante os meses de inverno, em busca de alimento. Este processo de migração exaustivo frequentemente os torna suscetíveis à mencionada síndrome, levando muitos a não resistir.
Contudo, a confirmação da causa das mortes ainda está pendente. A equipe da Univali destaca que devido a um plano de contingência para a gripe aviária, as aves encontradas mortas não podem passar por necropsia. O protocolo estabelecido requer que os pinguins sejam enterrados nas praias. No entanto, dada a quantidade significativa encontrada em Bombinhas, foi necessário buscar assistência da prefeitura para a remoção adequada dos animais.
A equipe do PMP-BS ressalta que há orientações específicas para quem se depara com pinguins – vivos ou mortos – nas praias:
- Evite aproximações desnecessárias – a presença humana pode ser percebida como ameaça, causando estresse adicional ao animal.
- Não interaja fisicamente com o animal, sejam eles vivos ou mortos, e nunca tente devolvê-los ao mar.
- Não tente alimentar qualquer pinguim encontrado.
- Em caso de avistamento, o PMP-BS pode ser contatado pelo telefone 0800 642 3341.
A Unidade de Estabilização de Animais Marinhos está localizada em Penha, e pede compreensão pelo tempo de resposta devido ao trânsito e à logística.
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