Miguel dos Santos Rodrigues morreu entre 26 e 29 de julho de 2021, aos sete anos de idade. A criança foi vítima da própria mãe e madrasta. As causas da morte incluíram agressões físicas, desnutrição, administração de medicamentos inadequados e negligência em prover cuidados médicos necessários ao menino. Posteriormente, o corpo doe Miguel foi ocultado, sendo colocado dentro de uma mala e lançado ao Rio Tramandaí, embora não tenha sido localizado.
Imagem mostra as criminosas voltando para casa após jogarem o corpo de Miguel no Rio Tramandaí:
A motivação do crime, conforme apontado pela acusação, seria o incômodo que a presença do menino representava para a relação entre mãe e madrasta.
Miguel foi submetido à torturas e humilhações por querer carinho
Nos dias que precederam o assassinato, a criança foi submetida a severos castigos físicos e psicológicos, em uma tentativa de punição por buscar afeto, cuidado e atenção.
Ele era acorrentado dentro de um guarda-roupas onde ficava em meio às fezes
Além disso, detalha o Ministério Público, houve períodos em que Miguel foi confinado dentro de um pequeno guarda-roupas, com mãos atadas e imobilizadas por correntes e cadeados. Sempre que conseguia se libertar, era novamente amarrado pelas duas mulheres. Essa condição de reclusão incluía restrições alimentares severas, imposição de fazer suas necessidades fisiológicas no local de confinamento e a obrigatoriedade de limpar o espaço posteriormente.
O pequeno teve intenso sofrimento físico e mental
A acusação também revela que Miguel era forçado a escrever frases autodepreciativas, como “eu sou um idiota”, “eu sou ladrão” e outras expressões negativas, refletindo um intenso sofrimento mental imposto pela mãe e pela madrasta.
Promotoria mostra mala usada no crime do menino Miguel:
O julgamento:
Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, a mãe, recebeu uma sentença de 57 anos, 1 mês e 10 dias, enquanto Bruna Nathiele Porto da Rosa, a madrasta, foi condenada a 51 anos, 1 mês e 20 dias. A condenação ocorreu após julgamento no Foro de Tramandaí, com a leitura da sentença pelo juiz Gilberto Pinto Fontoura. Ambas foram consideradas culpadas de tortura, homicídio qualificado — caracterizado por motivo torpe, emprego de meio cruel e uso de recurso que impediu a defesa da vítima — e ocultação de cadáver.
Durante o processo, Yasmin, atualmente com 28 anos, prestou depoimento limitando-se a responder perguntas feitas por sua advogada de defesa. Ela confessou ter agredido severamente o filho e, no dia seguinte, ter ministrado uma dose letal de medicamentos, apontando isso como a causa da morte do menino. Além disso, acusou Bruna de também agredir o filho e expressou remorso por suas ações, autodenominando-se um “monstro” por falhar em protegê-lo.
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Fonte: CNN
Sobre o autor:
Barbara Machado
Barbara Machado, nascida em Florianópolis, jornalista no Visor Notícias com foco na redação. Mostrou paixão pela escrita desde os 9 anos, tendo sua poesia publicada em um livro da cidade. Encontrou sua vocação no jornalismo, adquirindo experiência em cobertura de eventos, participando de coletivas e muito mais, marcando sua trajetória com determinação, coragem e resiliência. Valoriza a precisão e a veracidade dos fatos, o que reflete sua curiosidade e responsabilidade no jornalismo.
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