Atraso de La Niña modifica o clima; confira a previsão para os próximos meses:
Os moradores de Santa Catarina podem esperar um inverno de 2024 menos severo do que o usual, graças a um atraso na chegada do fenômeno La Niña. Segundo previsões do Fórum Climático, que reúne especialistas meteorológicos de várias instituições do estado, o La Niña só deve se estabelecer entre agosto e setembro, não afetando diretamente o inverno.
La Niña
Historicamente, La Niña causa um resfriamento nas águas do Oceano Pacífico próximo ao Peru, impactando o clima global. Para Santa Catarina, isso geralmente resulta em menos chuvas. No entanto, o fenômeno está previsto para começar no fim do inverno, o que sugere que as temperaturas médias podem ficar até 1ºC acima do esperado para a estação.
Neutralidade climática
Este atraso implica que, durante grande parte do inverno, não haverá influência significativa de La Niña ou El Niño, o fenômeno oposto que provoca aquecimento das águas e aumento das chuvas. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), após o término de um ciclo de El Niño, como o que se observou até recentemente, há um período de neutralidade climática.
Durante junho, espera-se que as chuvas se mantenham acima da média apenas no litoral catarinense, enquanto as demais regiões do estado deverão experienciar precipitações abaixo do normal. Julho e agosto seguirão essa tendência com dias consecutivos sem chuva, o que demandará atenção para a gestão de recursos hídricos e agricultura.
Apesar das previsões de temperaturas menos rigorosas, os catarinenses ainda devem preparar-se para dias frios, especialmente nas áreas mais elevadas, onde as temperaturas podem facilmente ficar abaixo dos 14°C. Essas condições oferecem um alívio para aqueles preocupados com o rigor do inverno, mas também representam desafios para setores como a agricultura e o turismo de inverno.
O atraso do La Niña também afeta a gestão de desastres. Enquanto a região ainda recupera-se dos estragos causados pelo El Niño, incluindo inundações significativas no Rio Grande do Sul, a previsão de um inverno mais ameno pode oferecer uma janela de oportunidade para as recuperações necessárias sem o agravante de chuvas intensas e frequentes.
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Fonte: NSC
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