Mais uma vez, professores e profissionais da Escola Estadual Anita Garibaldi, em Itapema, pedem ajuda sobre a situação da escola. As reivindicações são antigas, inclusive com manifestações de alunos no ano anterior, mas a revolta se dá principalmente após uma pequena reforma, que solucionou poucos dos problemas estruturais que a escola passa.
Nesta semana, os profissionais já voltaram ao trabalho para organizar o ano letivo, e relatam, com impotência, condições deploráveis. Em pleno verão, com temperaturas batendo os 30°C quase que diariamente, a escola não tem nenhum aparelho de ar condicionado funcionando, mesmo tendo posse dos aparelhos. Isso porque a escola precisa passar por uma reforma elétrica. O problema é ainda maior, haja visto que diversas salas de aula não possuem nem ventiladores.
É isso que explica Claudinei Schimanko, professor de biologia há mais de 20 anos na escola. “Desde os anos da pandemia, temos passado por uma situação mais complexa do que sempre foi. A partir desse período, os aparelhos de ar condicionado não puderam mais ser utilizados, e não houve nenhum tipo de manutenção nestes equipamentos, então, nenhum aparelho está funcionando”. Ele ainda afirma que muitas delas, nem se quer um ventilador”.
A escola passou por uma reforma no ano de 2022, após protestos e mobilização dos alunos e professores, que causou transtornos durante quase todo o ano letivo e não foi concluída. Durante a obra, janelas foram trocadas, assim como pisos da secretaria, cozinha e banheiros, além de algumas situações estruturais foram resolvidas.
No entanto, conforme o professor, a parte elétrica, que seria fundamental, já que até hoje apresenta risco para as pessoas que frequentam esse espaço, não foi adequada, apesar da promessa do governo estadual. Além disso, a parte de acabamento da obra também não aconteceu, incluindo a pintura adequada do local.
Fotos: comunidade escolar
“A escola apresenta situação complicada para se trabalhar e para receber os nossos alunos da maneira que eles merecem, por isso, estamos pedindo ajuda, para que a comunidade e o governo fiquem cientes e nos deem condições de fazer o nosso trabalho, um trabalho com qualidade”, diz o professor.
Ele ainda revela que no ano passado, vereadores e deputada estadual estiveram em uma reunião com a comunidade escolar, divulgando um projeto para uma nova escola, que também parou. “Não temos mais notícias se isso teve sequência ou não”.
O professor ainda faz outra denúncia grave. “A nossa escola não tem internet disponível, então a gente não pode passar pesquisas, trabalhos, materiais didáticos, ou fazer uma aula com qualquer material online, a não ser que o professor e os alunos desembolsem essa internet do próprio bolso”.
A diretora da escola, Sidonete Marlene Borba, se preocupa com essa situação “São cerca de 900 alunos e 60 professores. A nossa preocupação é iniciar o ano dessa maneira, sem ventilação. Ninguém aguenta esse calor escaldante”. A falta de laboratórios, sala de informática e biblioteca também são um problema na escola.
“Tudo que foi feito foi paliativo. Agora com o Novo Ensino Médio, veio à tona”, explica. “A impressão que dá é de que fomos abandonados”. Ela ressalta ainda a urgência na situação da ventilação e falta de internet, que afetam diretamente a qualidade das aulas.
“A gente gostaria de divulgar isso, para que a comunidade fique ciente da real situação e nos auxilie nessa caminhada, para que seus filhos sejam bem atendidos, para que a escola pública, a educação pública, aconteça com qualidade”, finaliza Claudinei.
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Fonte: Visor Notícias
Sobre o autor:
Redação Visor Notícias
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