Um homem foi condenado a 31 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de sua esposa, Áurea Schölemberg, em Jaraguá do Sul, Santa Catarina. O crime, ocorrido em agosto do ano passado, foi julgado na terça-feira (28), e o réu foi considerado culpado de homicídio com quatro qualificadoras, incluindo feminicídio.

Áurea Schölemberg, de 43 anos, agente comunitária de saúde municipal, foi estrangulada até a morte pelo marido enquanto dormia em sua casa no bairro Amizade.

A sessão do júri determinou a condenação do marido com base em quatro qualificadoras: motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. O direito de recorrer em liberdade foi negado ao réu, que está preso preventivamente desde a data do crime.

A Promotora de Justiça Maria Cristina Pereira Cavalcanti argumentou que o réu agiu motivado por não aceitar o fim do relacionamento, configurando o crime como feminicídio.

Áurea foi encontrada morta pela filha de 15 anos, que ouviu a mãe pedindo socorro e viu o pai saindo do quarto trancado onde o crime ocorreu. A jovem testemunhou o pai fugindo em um carro em alta velocidade.

Após a descoberta do corpo, bombeiros e uma equipe do Samu tentaram reanimar Áurea, mas ela não resistiu aos ferimentos e foi declarada morta aproximadamente uma hora após o registro do caso pela Polícia Militar.

Inconformado com o término do casamento, o réu trancou o quarto onde Áurea dormia e a atacou, impedindo qualquer possibilidade de defesa.

O homem se entregou à polícia logo após o crime, sendo inicialmente preso em flagrante e posteriormente submetido à prisão preventiva.

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