Considerado um dos furações mais intensos da história a atingir o Sul dos Estados Unidos, o furacão Ida ganhou intensidade de forma impressionante durante a madrugada de domingo (29), passando da categoria 1 para a 4, considerada muito perigosa. Com ventos sustentados de 250 km/h e rajadas superiores, esse furacão é tratado pelos especialistas como um furacão extremamente forte, raro, sendo uma gravíssima ameaça para a cidade de New Orleans.
Sua passagem pelo estado de Louisiana, deixou um rastro de destruição devido aos ventos de velocidades superiores a 240 km/h. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou situação de desastre no estado de Louisiana e ordenou ajuda federal para complementar os esforços de recuperação nas áreas afetadas pelo furacão Ida, informou a Casa Branca.
Uma rara medição meteorológica na chegada do furacão Ida ao litoral do estado norte-americano da Louisiana chamou a atenção dos meteorologistas porque havia equipamento meteorológico medindo o vento no exato ponto em que o furacão tocou terra. Um anemômetro (equipamento meteorológico que mede a velocidade do vento) instalado a bordo de uma embarcação atracada mediu vento médio de 239,7 km/h (149 mph) e rajadas de até 276,8 km/h (172 mph).
O Furacão Ida
Um sinal de que Ida rapidamente se intensificava vinha das imagens de monitoramento de raios com muitas descargas na região da parede de nuvens ao redor do olho, chamada de CDO ou Cloud Dense Overcast. Quando há muitos raios no centro de um furacão significa que há movimentos ascendentes na atmosfera e que o ciclone tropical está se intensificando.
Ida será um furacão catastrófico que vai aniquilar a parte do litoral da Louisiana em que ingressar. O nível de destruição que se espera fará com que a recuperação das áreas mais atingidas tome anos ou até mais de uma década. Muitas áreas devem ficar inabitáveis por meses e a região de Nova Orleans pode enfrentar falta de energia elétrica por semanas, criando um potencial desastre humanitário de proporções poucas vezes vista nos Estados Unidos na história recente.
O meteorologista Jeff Berardelli, da rede de televisão norte-americana CBS, compara Ida, pela sua força, a um gigantesco tornado violento, apesar de serem fenômenos radicalmente distintos. A maré na costa pode subir de 5 a 10 metros com inundações extremamente perigosas.
Além da inundação da costa pela elevação da maré, chuva extrema de 500 mm a 750 mm deve provocar graves enchentes em áreas do interior mais afastadas da orla. Como a região de Nova Orleans em parte está abaixo do nível do mar, a elevação da maré e a chuva extrema representam um risco imenso para a cidade.
Os ventos de Ida aumentaram 105 km/h em apenas 24 horas, o que corresponde quase ao dobro da definição oficial de intensificação rápida (RI ou rapid intensification). Águas mais quentes devido às mudanças climáticas no Golfo do México têm agravado o fenômeno de rápida intensificação de vários ciclones tropicais recentes no Golfo do México.
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Fonte: Visor Notícias
Sobre o autor:
Brunela Maria
Brunela Maria é jornalista desde 2011 e formada pelo Centro Universitário IESB, em Brasília. Trabalhou no Notícias do Dia, em Florianópolis e na Record TV Brasília. Atua como repórter no portal Visor Notícias e também na WebTV desde 2019.
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